Tom Barros

Cadê os artilheiros?

 

Outrora o futebol brasileiro era manancial interminável de goleadores natos, que, por uma sequência interminável de gols, eram ovacionados e amados. Hoje os clubes caçam em toda parte atletas assim qualificados, mas não encontram. São a minoria das minorias e por isso mesmo disputados por times do exterior que têm melhor poder de compra, já pelo euro em alta e pelo real em baixa. Nem parece ser o Brasil berço de Leônidas da Silva, Edson Arantes do Nascimento e Ronaldo Nazário. Hoje temos Pato e patos. E pagos com salários astronômicos que contrastam com clubes falidos ou a caminho da insolvência total. Mesmo os poucos times com saúde financeira não conseguem solução para este problema que há muito dá sinais de cronicidade.

 

No caminho

O Ceará vai a Belém sábado encarar o Paysandu. O Mangueirão, pela distância campo/torcida, é neutro. Dado Cavalcante reencontrará o Ceará que ele treinou no início do ano. Na Série B, o Papão em casa perdeu para o Botafogo (1 x 0); fora de casa perdeu para o Bragantino (0 x 1). Na Copa do Brasil, anteontem, em Natal, eliminou o ABC. 

 

Pressão

No Paysandu, vi Edinho (ex-Fortaleza) enfrentar o Bragantino. Ele não jogou bem. Longe mesmo do Edinho desenvolto e solto dos tempos de Leão. Já Yago Pikachu, Fahel e Rogerinho nada mudaram. Como o Paysandu ainda não ganhou na Série B, a pressão da torcida certamente estará na medida extrema. Faca de dois gumes.

Recordando

 

2005. E assim se passaram dez anos... Em pleno Aeroporto Internacional Pinto Martins, o técnico Valdir Espinosa, contratado pelo Ceará, assina documentos diante do supervisor Dimas Filgueiras, então “soldado” do clube. Até 2014, Valdir estava como diretor técnico do Clube Esportivo de Bento Gonçalves/RS. Valdir está com 67 anos de idade. Dimas Filgueiras, ora sem clube, completou 71 anos no dia 13 de maio passado.

 

Vacância

Enquanto Magno Alves luta para ganhar posição de titular no Fluminense/RJ, ninguém aqui ocupou ainda a vaga de ídolo deixada por ele. Marinho, que fez um gol e ia marcando outro que seria um golaço na vitória sobre o Atlético de Goiânia, vai conquistando as graças da torcida. Mas ainda é cedo para definir o verdadeiro sucessor do Magnata. 

 

Comemoração

O Fortaleza segue com eventos comemorativos à conquista do título estadual 2015. Amanhã, 8h da noite, no Sal e Brasa da Av. Beira Mar, jantar de confraternização. Convite-ingresso no local. Também à venda na ocasião o livro “Sílvio Carlos - histórias do papa”, escrito pelo jornalista Renato Abreu.

 

Destino

A renúncia coletiva da diretoria deixou à mostra um Ferroviário agonizante. Mas hoje à noite na Barra os corais, com ou sem cargos, debaterão o destino do clube. Edmilson Júnior, ex-presidente, propõe a venda do Estádio e Vila Olímpica para pagar dívidas. Os “históricos” refutam a ideia. Taí um mote para reflexão. Eu penso assim: o patrimônio é intocável. 

 

Em nome da paz. É notável o propósito do presidente da Fifa, Joseph Blatter, de organizar um jogo de futebol amistoso Israel x Palestina na busca pela paz no Oriente Médio. Seria num estádio da Suíça. E tudo dependerá dos acertos entre dirigentes políticos. À distância observo que, pelos moderados dos dois lados, fato assim é viável. Problema é a postura dos radicais. Os intolerantes farão tudo para evitar tal aproximação. Mas vale a pena lutar pela realização de um jogo dessa natureza.