Pela quinta vez
Nunca um ano foi tão farto em clássico maior quanto 2015. Em três meses, quatro Ceará x Fortaleza: duas vitórias do Ceará, uma vitória tricolor e um empate. As vitórias pela diferença de um gol. Do primeiro confronto para cá, houve mudanças. Os técnicos Nedo Xavier, do Fortaleza, e Dado Cavalcante, do Ceará, perderam seus cargos tempos depois. No 1º clássico, dia 4 de fevereiro, deu empate (1 x 1). No 2º clássico, 28 de fevereiro, vitória do Ceará (1 x 0), gol de William. O técnico do Ceará já era Silas. Nedo ainda estava no Leão. No 3º clássico, dia 7 de março, vitória do Leão (2 x 1), gols Ricardinho (Ceará), Daniel e Maranhão (Fortaleza). Chamusca já retornara ao Leão. No 4º jogo, 18 de março, vitória do Ceará, 2 x 1. Gols de Fernandinho (contra) para o Fortaleza; Charles e Wescley (Ceará).
Recordando
Década de 1960. Jogo Ferroviário x Calouros do Ar pelo Campeonato Cearense. O atacante coral, Facó, tenta a conclusão. Observem o ótimo público no PV. Hoje o Calouros está praticamente na inatividade. O Ferroviário disputa a segunda divisão e atualmente ainda está fora da zona de classificação para a primeira divisão de 2016. Os tempos mudaram. Eu gostaria muito de um dia ver Ferrão e Calouros de volta à Série A cearense.
Equilíbrio
Pelos quatro jogos, provado está o equilíbrio de produção, apesar de uma pequena vantagem favorável ao Ceará na avaliação geral. No momento, o Ceará passa por mais desgate em vista de sua participação nas finais da Copa do Nordeste. Mas o Fortaleza padece de problemas de contusão em importantes jogadores do elenco.
Treinadores
No confronto direto entre os treinadores Silas Pereira e Marcelo Chamusca, tudo igual. Marcelo ganhou o jogo do dia 7 de março (Fortaleza 2 x 1). Silas ganhou o jogo do dia 18 do mesmo mês (Ceará 2 x 1). Até o placar foi o mesmo. Amanhã a situação será mais delicada porque em jogo o título estadual, fato que gera um cenário mais crítico de apreensões e incertezas.
Contraste
Vejam só como é difícil analisar as circunstâncias que envolvem um clássico assim. O Fortaleza teme que a folga maior no calendário venha a comprometer o ritmo do time na hora da decisão. Já o Ceará teme que o calendário ocupado demais com os jogos do Nordestão termine por comprometer, em razão do desgaste, o ritmo desejado.
Ausência
O zagueiro Lima deu consistência à defesa do Fortaleza. Depois que ele entrou, notório o ajuste ali registrado, numa perfeita sintonia com Adalberto. Fora do jogo de amanhã pelo terceiro cartão amarelo, certamente a ausência de Lima será muito sentida. É em momentos assim que o cartão amarelo vale como um vermelho prorrogado.
Retomada
Genilson terá a responsabilidade de substituir Lima. Pelo menos é o mais cotado conforme o próprio site do clube. Vi Genilson fazer boas apresentações. Depois, como andou vacilando em alguns jogos importantes, perdeu a condição de titular. Não raro, um "banco" ajuda o atleta na retomada. Reflexão sobre erros cometidos evita o tropeços na mesma pedra.
Resultados iguais
A vantagem determinada pelo regulamento do Campeonato Cearense dá ao clube que a obtém uma boa margem para trabalhar. Em 2013, o Ceará tirou o melhor proveito disso, pois ganhou o título com dois empates diante do Guarany de Sobral (1 x 1 no Junco e 1 x 1 no Castelão). Em 2014, novamente o Ceara soube tirar o melhor proveito da mesma situação. Empatou com o Fortaleza no primeiro jogo (0 x 0) e repetiu o placar na segunda partida. Agora novamente o Ceará na vantagem.