Mais uma vez na final
Fortaleza fez a sua parte: garantiu a vaga na decisão de 2015 do Campeonato Cearense. Nos primeiros quinze minutos, o Leão poderia ter facilmente definido a vitória, pois, numa sequência, Cassiano, Lúcio Maranhão, Tinga, Everton, Tinga e Cassiano abusaram de errar nas finalizações. Depois disso, cresceu o Icasa. Diego Ceará mandou bola na trave, Alan desperdiçou ótima chance e o time imprimiu pressão que resultou na expulsão de Lima, do Fortaleza. Na fase final, o Icasa, apesar de buscar mais o resultado que lhe convinha, jamais demonstrou força para tirar a diferença de dois, máxime depois de ter Da Silva expulso. A torcida tricolor, com apupos, sinalizou a insatisfação pelo empate, mas a presença em mais uma final eclipsou os senões que o time mostrou.
Recordando
2005. Assim se passaram dez anos. Aí o jovem time sub-18 do Ferroviário comemorando o título de campeão cearense da categoria ao derrotar o Uniclinic no Castelão pelo placar de 3 x 1. Vejam como é bonito o tradicional uniforme do Ferroviário. Lamento que dez anos depois nenhum desses jovens valores tenha se destacado no time profissional do Ferrão. Não sei sequer o destino desse grupo que se mostrava bastante promissor.
Pressão
Ora, era lógico que o Icasa iria lutar mais para tirar a diferença, mas a torcida tricolor esperava um Leão em tudo superior, até pela ampla vantagem que tinha. Não foi assim. Já na reta final do jogo, Núbio Flávio por pouco não assinalou a vitória do Verdão, que foi bravo, digno. Entretanto, lhe faltou o algo mais de que tanto falou o técnico Vladimir de Jesus.
Diferenças
Na expulsão de Lima, do Fortaleza, providencial e compreensível a ação do zagueiro leonino para impedir o gol do Verdão. Na expulsão de Da Silva, do Icasa, uma irresponsabilidade do atleta que de forma desnecessária agrediu com um chute o adversário. Da Silva comprometeu todo o projeto que Vladimir organizara para a fase final.
Nova decisão
Já estou imaginando o Castelão com novo recorde de público e renda quando da decisão da Copa do Nordeste. Recorde atual: Fortaleza 1 x 1 Macaé, com público pagante de 62.525 torcedores (incluindo os não pagantes, 63.254). Em 2014 na decisão da Copa do Nordeste, Ceará x Sport, o público pagante foi de 60.068 torcedores.
Revisão
Luís Carlos, goleiro do Ceará, operou dois milagres em defesas arrojadas no Barradão. Não só de gols vive um time de futebol. Lá Magno Alves perdeu duas incríveis chances de gol. De gols também vive um time de futebol. Mas o goleiro é menos exaltado que os atacantes. É hora de rever a postura da crônica com relação aos goleiros.
Predestinado
O destino de cada pessoa varia de acordo com as circunstâncias que nem sempre estão sob seu controle. É assim com quem está predestinado a fazer a diferença. Marinho sofrera críticas por prender demais a bola. Verdade. Mas acabou sendo herói no Barradão. E seus críticos calaram a voz. E Marinho fez bradar as vozes alvinegras no gol marcado e no pênalti sofrido.
Um técnico e um carrasco
Lá vem o Bahia. Decisão da Copa do Nordeste com o Ceará. Reencontro do ex-técnico alvinegro, Sérgio Soares, que agora comanda o tricolor baiano. Sérgio fez aqui belo trabalho e muitos amigos. Reencontro também com Léo Gamalho, ex-Ceará. Léo teve passagem discreta pelo Vozão. Ficou mais conhecido como o carrasco que, na semifinal da Copa do Nordeste de 2013, eliminou o Ceará na vitória do Asa/AL por 1 a 0, gol dele, ante um Castelão superlotado. Perigoso Bahia.