Trabalhar as vantagens
Ficou mais fácil a passagem do Ceará para a próxima etapa da Copa do Nordeste. Mas é preciso muito cuidado para não confundir como passagem assegurada a boa vantagem obtida. Sei que não há como comparar o time do Ceará com o time do Salgueiro, tal a diferença técnica favorável ao alvinegro cearense. Sei também que jogar no Castelão será mais um item a favor do Vozão, máxime porque estará na presença de sua imensa torcida. Mas não custa nada abrir os olhos contra as traiçoeiras, invisíveis e imperceptíveis, teias do "já ganhou". Estas se formam no subconsciente. Forçoso, porém, é reconhecer que só mesmo uma zebra monumental, maior que o próprio Castelão, será capaz de alterar o normal rumo das coisas, ou seja, a presença do Ceará nas semifinais do Nordestão.
Recordando
16.02. 2006. Há nove anos esta foto foi batida na Vila Olímpica Elzir Cabral, estádio e sede do Ferroviário Atlético Clube na Barra do Ceará. A partir da esquerda: Marcelo e Reidner. Na época, o técnico coral era Josué Mendonça, ex-jogador que se destacara no Ceará e no Goiás. O zagueiro Reidner viera do Barra do Garças Futebol Clube/MT. Marcelo era atacante. Tempo bom em que o Ferrão integrava a Série A Cearense.
Equilíbrio
A vantagem do Fortaleza sobre o Sport também é boa: um empate em Recife. Mas essa margem estabelecida, porque mínima, não permite vacilações. Além disso, restou provado que há equilíbrio entre os elencos do time pernambucano e do time cearense. E agora o Sport terá a vantagem de uma Ilha ornamentada de preto e vermelho por toda parte.
Mínima
Mais uma vez as dificuldades de finalização ficaram evidentes no Fortaleza. Como no jogo com o Ceará, o ataque tricolor perdeu incríveis oportunidades. Até pênalti desperdiçou. Poderia, pois, ter aberto vantagem maior, mais segura. A mínima vantagem trará apreensões. Se não ajustar a pontaria, o Fortaleza passará por sérios problemas.
Defesas
Verdade que o ataque do Fortaleza perdeu muitas chances diante do Sport/PE. Mas não se pode deixar de reconhecer os méritos do goleiro Magrão, ex-Ceará, que fez defesas notáveis. Magrão atuou pelo alvinegro de Porangabuçu em 2002 e 2003. Deixou ótimas lembranças. Sempre foi um goleiro muito seguro. Está no Sport desde 2005.
Comum
Ficou provado que o Sport/PE, embora seja o único time do Nordeste na Série A nacional, não tem nada de extraordinário. É um time que tem qualidades, boas opções, mas no mesmo patamar de produção do Fortaleza e do Ceará. É um erro avaliar pela série. Correto é avaliar pelo momento do clube. O Sport é um time comum, pois.
Volta por cima
Perder pênalti faz parte, mas é horrível para o jogador. Gera abatimento no que cobra e perde, máxime pela reação negativa da torcida. Esta geralmente não perdoa o que erra assim. No primeiro momento então é cruel. Mas, não é justo pela perda de um pênalti ser queimado o atleta. Lúcio Maranhão tem boas qualidades e certamente saberá dar a volta por cima.
Destinos
Terminada a segunda fase do Campeonato Cearense, que destino terão bons valores de times como Maranguape e Quixadá? Felipe, do Maranguape, já está no Fortaleza. Também brilharam no time da serra Janeílton, Mateus, Ronaldinho, França, Gugu e Cleiton. No Quixadá faço menção a jogadores que igualmente deram importante contribuição à boa qualidade do futebol da gente. Cito, por exemplo, o goleiro Renato, o meia Janeudo e os atacantes Netinho e Edson Cariús.