Tom Barros

Tudo como antes

Em 2005 o então técnico do Icasa, Flávio Araújo, disse que o futebol do interior só ganharia um título estadual quando tivesse o direito de decidir em casa. Na época toda decisão teria de ser no Castelão. Flávio disse isso em 2005, após perder um título quase assegurado com o empate, faltando só um minuto para terminar o jogo final com o Fortaleza. Anos depois o regulamento passou a admitir decisão fora do Castelão. O Verdão, porém, há deixado escapar a vantagem de levar para Juazeiro o mando de campo da partida final. Inaceitável a bobeira na derrota para Maranguape.

O melhor

Numa avaliação geral do desempenho dos goleiros que atuaram nas duas primeiras etapas do Campeonato Cearense, entendo que a melhor média de produção ficou com Luís Carlos, goleiro do Ceará. Suas atuações foram muito boas, principalmente nos clássicos.

Desgaste

Pelo menos num aspecto Icasa e Guarani podem tirar proveito nas semifinais cearenses: o desgaste que Ceará e Fortaleza terão a mais, pois em duas frentes: o "estadual" e as semifinais da Copa do Nordeste. Enquanto isso Icasa e Guarani folgam até lá.

Poder de fogo

Quem no futebol cearense será o primeiro time a adotar o modelo tático 4-1-4-1, alvo de tantas polêmicas na Alemanha e na Europa de uma maneira geral desde que Pepe Guardiola o introduziu no Bayern de Munique?

"Numa situação assim, é a oportunidade que se tem para avaliar outros jogadores do elenco, já pensando na Série B do Brasileirão".

Silas Pereira
Técnico do Ceará (entrevista à Verdinha, antes do jogo com o Quixadá)

Inexplicável

Maranguape foi uma das boas surpresas do "estadual". Mas o time foi eliminado sem que alguém conseguisse explicar qual o motivo que o fez de brilhante na primeira etapa do certame a vulnerável e confuso segunda fase. Em momentos pareceu capaz de desafiar os grandes como o fez na despedida ao bater no Icasa em pleno Romeirão.

Nomes

Quixadá, além da boa campanha, mostrou atletas de qualidade como Janeudo, meio-campista, que foi o destaque da vitória sobre o Ceará. Além dele, o goleiro Renato e os atacantes Edson Cariús e Netinho (este não enfrentou o alvinegro no jogo passado). É bom lembrar também o veterano Lequinha e o comando do técnico Raimundinho.

Absoluto

Bom na defesa tricolor está sendo o zagueiro Adalberto, versátil e firme que nem rocha. Na medida em que os jogos iam acontecendo, mais tranquilo, seguro e consciente de suas funções ele se mostrou. Nesta parte, ótimo para Lima ou Genilson, pois sabem que ao lado está um companheiro de extrema competência, garantindo a parceria.

Recordando

Três ruas na Gentilândia têm tudo a ver com a história do futebol Cearense. Na Rua Júlio César o Fortaleza teve sua sede na década de 1950. Na mesma época, na Rua Adolfo Herbster, ficava a sede do Gentilândia, campeão cearense de 1956. Na Rua Padre Francisco Pinto, na década de 1960, o Ferroviário teve sua sede ali. Também na Rua Padre Francisco Pinto, durante muitos anos, moraram o atacante França, ídolo do futebol cearense nas décadas de 1930 e 1940, e William Pontes, lateral-direito que fez história no Ceará, Fortaleza e Seleção Cearense. Hoje, na mesma Rua Padre Francisco Pinto, ainda mora Gildo, o maior ídolo do Ceará em todos os tempos. E também na Padre Francisco Pinto ficam os famosos bares do Chaguinha e do Nonato, paradas obrigatórias dos desportistas quando vão ao PV.