Tom Barros

O destino coral

O Ferroviário já disputou a Série A do Campeonato Brasileiro. O Ferroviário já esteve no mesmo patamar de Ceará e Fortaleza, tanto assim que incluído no rol dos três chamados grandes do futebol cearense. O Ferroviário teve ídolos no mesmo grau de admiração dos ídolos do Ceará. Cito, por exemplo, Pacoti e Aldo, tão respeitados quanto Gildo e Alexandre, do Ceará, e Croinha e Zé Paulo, do Fortaleza. O Ferroviário ganhou o epíteto de Clube das Temporadas porque sempre se havia melhor que Ceará e Fortaleza, quando nas décadas de 1940 e 1950 enfrentava os grandes times do Brasil em programações amistosas (na época não havia competições nacionais de clubes, mas apenas o Brasileiro de Seleções). Hoje vejo o Ferroviário inferior, numa postura humilhante e inaceitável.

Recordando

1979. Ferroviário na festa de entrega das faixas de campeão cearense naquele ano. Não consegui identificar todos da foto. Observem (não pela ordem em que estão) a presença do técnico César Moraes, o goleiro Cícero, Doca, Arimateia, Ricardo, Jeová, Jacinto, Paulo César, Babá. Aguardo os nomes para que possa repetir a publicação, mas com a identificação de todos, inclusive os nomes dos dirigentes que estão à esquerda.

Marca forte

Caros amigos, o Ferroviário ainda tem condições de voltar ao patamar dos melhores do futebol cearense. A marca "FERROVIÁRIO" é muito forte. Há uma história e uma tradição que não morreram. Do "Mata-Pasto e Jurubeba", do saudoso Valdemar Caracas, ao rico patrimônio da Barra do Ceará, uma trajetória que tem de ser sustentada. Não pode ruir.

Discursos

Basta de promessas vãs aos corais. Discursos cheios de verborragia. Gente que, na maioria das vezes, quer mais aparecer que se doar ao time; quer mais tirar proveito que ofertar sacrifício; quer mais para si que para o clube. Não generalizo. Ainda há quem pense mais no Ferroviário, mas, pelo visto, é a minoria das minorias. Daí a delicada situação coral.

Fase

É normal no futebol o jogador passar por fases ruins. Na vida é assim também. Tiago Cametá não há mostrado uma de suas melhores qualidades: o apoio ao ataque. Isso não significa que não possa recuperar a postura anterior. Entretanto, terá de esforçar-se mais e acreditar mais. Dá sinais de que andou perdendo a confiança.

Na berlinda

Outro jogador que também está sendo questionado é João Marcos. Sim, mas não é apenas o João que vem variando, ora jogando bem, ora jogando mal. É reconhecido por todos que o atual momento dele deixa a desejar. Mas não é só ele. Todo o time do Ceará vem oscilando. Cuidado para não pegar o João como bode expiatório.

Esperança

O atacante Marinho tem todo o direito de sonhar com melhores dias no Ceará, máxime pelo gol da vitória sobre o River no PV. Ele estava no banco, mas na expectativa de uma chance. Esta surgiu quando o técnico Silas Pereira autorizou sua entrada no lugar de Ullian Correia. Marinho ainda luta em busca de espaço e afirmação. O gol da vitória deu a ele novas esperanças.

Situações diferentes

Quixadá, com seis pontos, não mais depende só de si para ganhar a segunda vaga do Grupo B-1, ora ocupada pelo Fortaleza (7 pontos). Quixadá fica na dependência do Maranguape, que desonerou na segunda fase. Se Maranguape empatar ou ganhar do Leão, as chances do Quixinha aumentam, desde que o Canarinho ganhe do Guarani no Inaldão. A vantagem do Fortaleza está em não depender de ninguém. Ao Leão basta fazer a parte que lhe cabe diante do Maranguape e do Guarani.