Falta regularidade
Os times cearenses, de uma forma geral, estão oscilando demais na produção. Isso dificulta sobremaneira avaliação por parte dos observadores. Não há uma sequência de boas exibições. Pelo contrário, o jogar bem de hoje pode ser sucedido por um péssimo jogar amanhã. Nos três clássicos Ceará x Fortaleza deste ano, nenhum sustentou a mesma produção. E há também outros exemplos. No primeiro clássico do Cariri o Guarani, apesar de goleado, mostrou belo futebol (que paradoxo). No clássico seguinte o Guarani não jogou nada e voltou a perder. O Icasa, que goleara o Guarani (3 a 0), foi ao Pará é lá goleado (5 x 0) pelo Independente. É impossível se saber qual será a próxima surpresa dos times cearenses, se positiva ou negativa, se os times jogarão bem ou mal.
Recordando
Década de 1960. Dois bons atacantes do Ceará. A partir da esquerda: Nido e Joacir. Narrei muitos jogos em que ambos atuaram. Joacir driblava muito bem. Faz anos não tenho notícia deles. Observem no alambrado a propaganda da Casa Bachá, cujo proprietário era o saudoso presidente do Ceará, José Elias Bachá, um dos maiores presidentes da história do clube. Bachá era doação permanente à causa alvinegra. (Álbum de Elcias Ferreira).
Tem mais
O Maranguape também foi outro time que oscilou. Depois de ser a surpresa agradável da primeira fase, desonerou de vez, a ponto de o técnico Mastrillo Veiga perder o cargo. Não sei como desapareceu o bom futebol de Janeilton, Felipe, Mateus, Ronaldinho, Cleiton, França, Nêgo Pai e Gugu. Eles brilharam na primeira fase. Implodiram na fase seguinte. Incrível.
O Bugre
De começo brilhante, com significativa vitória sobre o Ceará, o Guarany de Sobral caiu tanto que despencou para o Torneio de Descenso. Já agora, na luta contra o rebaixamento, retomou o caminho das vitórias e está numa posição privilegiada, líder com 10 pontos. Júnior Cearense, que estreou como treinador na atual temporada, por pouco não se queimou.
Padrão negativo
Quem não conseguiu sair do vexame foi São Benedito. Manteve o padrão, mas lamentavelmente padrão negativo. Ainda exerceu um pequeno esboço de reação quando Argeu dos Santos assumiu. Mas não o suficiente para sair das desvantagens sofridas. Foi a segunda vez que subiu para a elite. E a segunda em que ficou pendurado.
A Copa
O Ceará já volta a campo hoje. Recebe no PV River/PI. Não sei a que ponto a derrota para o Fortaleza abateu o moral do grupo. E não sei até que ponto repercutirá um novo tropeço. O time não jogou bem o clássico. Acontece. Ao técnico Silas Pereira a responsabilidade de promover os ajustes. Foi dura a lição tomada no segundo clássico.
Duas defesas
O goleiro Luís Carlos pode até ter cometido alguns equívocos no clássico, mas faço questão de louvar duas defesas que praticou. Uma espalmando cabeçada fulminante de Lúcio Maranhão. E outra num canhão desferido por Pio. Neste lance, Luís Carlos fpo demais. Foram bolas extremamente difíceis que Luís neutralizou e evitou um placar maior para o Leão.
Adversário
No jogo de ida, em Teresina, empate 1 x 1. O River jogou melhor que o Ceará, máxime no primeiro tempo. Mas é bom frisar: o gol do River (Esquerdinha) foi irregular. O atacante piauiense estava impedido. No River, jogadores bem conhecidos porque atuaram aqui. Cito alguns: Paulo Paraíba (ex-Ferroviário), Rogério (ex-Fortaleza), Júnior Xuxa (ex-Icasa). O cearense Flávio Araújo, que comanda o River, é bom. Certamente adotará modelo cauteloso, mas jamais uma retranca. É de praxe.