Consolidação
Ótima impressão deixou o Ceará pelo que mostrou e produziu na vitória sobre o Fortaleza (1 x 0) no sábado passado. Foi certamente a melhor apresentação do time alvinegro este ano. Seria interessante, pois, manter a mesma formação, mas não vai ser assim. Marco Aurélio e Assisinho estão fora do jogo de hoje. Às vezes, por circunstâncias emergenciais, descobre-se um melhor conjunto. Não seria o caso de barrar Sandro e João Marco. Nada disso. Mas é de bom alvitre uma tentativa de sequenciar o que deu certo. Claro que o momento comporta ainda muitas observações. Nem sempre o que funcionou numa partida se confirma na seguinte. Nos treinos de ontem foram poupados Marcos Aurélio, Assisinho e Magno Alves. A situação de cada atleta também não pode ficar à margem.
Recordando
Década de 1960. Linha média do Ceará. A partir da esquerda (em pé): Cláudio, Benício e Carneiro. Não tenho informações sobre Cláudio. Benício e Caneiro morreram. Observem que a camisa do Ceará na época não tinha o escudo do time. Outros detalhes: Benício era irmão do ponta-esquerda Guilherme, que também brilhou no Ceará. Após encerrar a carreira, Guilherme trabalhou no Diário do Nordeste. (Álbum de Elcias Ferreira).
Gradual
Mesmo com algumas alterações, o Ceará há mostrado crescimento na produção e mais harmonia no jogo coletivo. Os ajustes são animadores, embora não ainda de todo seguros. Hoje diante do Botafogo haverá nova chance para avaliar se o êxito no clássico foi pontual ou se retrata a gradual e sólida evolução nas mãos do técnico Silas Pereira.
Quase lá
William, autor do gol da vitória diante do Fortaleza, tem muito mais a oferecer. Seu gol abre novas perspectivas para ele no ataque alvinegro. O ala Tiago Cametá é bom, mas vem sofrendo críticas em sequência. Não pode por isso quedar de vez. Conviver com observações desfavoráveis faz parte da vida dos atletas. William e Cametá estão chegando. E quase no ponto.
Adversário
A situação do Botafogo/PB está complicada. Na Copa do Nordeste, lanterna do seu grupo. No Campeonato Paraibano, quinto colocado. Domingo passado saiu vaiado pela torcida após o empate com o Auto Santo. Marcelo Vilar admitiu que foi a pior partida do Belo este ano. Daí as mudanças para enfrentar o Ceará hoje.
Desabafo
De Marcelo Meireles Bahia: "Hoje, depois de ver mais uma vez jogadores medíocres quebrarem a bola em campo, estou desistindo de torcer por esse timeco medíocre! Será que é tão difícil assim montar um time para jogar bola? Chega de tanta incompetência. Adeus, Ferruim! Um ex-torcedor do Ferroviário". Calma, Marcelo! Não é por aí.
Pressão
O técnico coral, Bira Lopes, escutou bem os reclamos da torcida. Não é a questão de perder para o Tiradentes (2 x 0), fato normal. Problema é a forma como perdeu. O desabafo de Marcelo Bahia, no tópico anterior, é duto, forte. Não creio desista de torcer pelo Ferrão. É cabeça quente. Depois volta a torcer. Mas o time tem que melhorar, Bira. E melhorar muito.
De passagem
Pouco mais de 50 dias durou a passagem do técnico Marcelo Chamusca no Atlético Goianiense. Ele comandou o time em cinco partidas. Teve aproveitamento de 33%. Segundo o diretor de futebol do Atlético, Adson Batista, "a forma de trabalhar do Marcelo não foi absorvida pelos jogadores". A queda de Marcelo aconteceu após vexame no empate de 0 x 0 com o Caldas Novas em pleno Serra Dourada. Em cinco jogos no Atlético, Marcelo venceu apenas um, empatou dois e perdeu dois.