O zero como referência
Os modelos de disputa dos campeonatos variam. Há os de pontos corridos, mais justos, e há os que optam por fases classificatórias. Neste caso, nem sempre o de melhor pontuação tem vantagem na etapa seguinte, pois entra em igualdade com os demais. No atual sistema do "estadual", o zero tem significado tão distinto quanto esdrúxulo. Zerar na fase classificatória é sinônimo de incompetência. Não segue. Mas todos zeram quanto vão à segunda fase. Aí pouco importa se 19 pontos do Ceará, 16 do Icasa, 15 do Fortaleza... Recomeço do zero. Ótimo para quem menos pontos fez, mas se classificou. É o caso do Guarani de Juazeiro (10 pontos). Que assim seja. Portanto, o zero como referência. Hoje, do zero, começa tudo outra vez. E que se dane quem mais pontuou.
Distante
Para a segunda fase, a vantagem de melhor pontuação na fase classificatória só terá valia no caso do item IV do artigo 14 do regulamento, que trata do critério de desempate. Antes se observa: "I. Maior número de vitórias na segunda fase; II. Melhor saldo de gols na segunda fase; III. Maior número de gols pró na segunda fase".
Pouco
Numa leitura sobre onde o regulamento do "estadual 2015" privilegia quem fez melhor pontuação, há benefícios ínfimos inseridos a partir de itens do Art.15. Tudo bem. Como não há como mudar o que está posto no regulamento por todos aprovado, cada clube cuide de fazer a parte que lhe cabe. Melhor mesmo é não precisar dos critérios de desempate.
Recordando
1958. Pelé, então com 17 anos, pouco antes da Copa do Mundo na Suécia, recebe injeção aplicada pelo famoso e folclórico massagista Mário Américo. Detalhe: Mário atuou como massagista da Seleção Brasileira nas Copas de 1950, 54, 58, 62, 66, 70 e 74. Nasceu no dia 28 de julho de 1912 e morreu no dia 9 de abril de 1990. Foi eleito vereador por São Paulo, em 1976, com 53 mil votos. (Foto enviada por Elcias Ferreira).
É hoje!
O Fortaleza estreia hoje na segunda fase do "estadual". Observo o tricolor em ascensão. Pouco a pouco, Nedo Xavier molda a equipe e já é visível a influência do treinador na produção do time. Mas vale uma observação: esquecer o segundo tempo do jogo com o River em Teresina. Ali o Leão cedeu o empate e pagou caro pela aceitação.
Adversário
O técnico do Maranguape, Mastrilo Veiga, costuma afirmar que sua proposta sempre será ofensiva. Prova cabal: no jogo passado, fez três gols no Ceará. Conta para este mister com jogadores assim vocacionados como Janeílton, Felipe, Mateus, Ronaldinho, França, Gugu e Cleiton. Recado direto a quem interessar possa.
Diferença
Louvável a participação de Assisinho na vitória sobre o Botafogo/PB por 1 a 0. A importância de um jogador é mais notada quando ele altera profundamente para melhor o curso de uma partida. Assisinho entrou muito bem. E podemos dizer que foi ele quem fez mesmo a diferença. Silas Pereira acertou ao colocá-lo. Agora é pensar como utilizá-lo melhor desde o início.
Leitor
Há dias escrevi sobre a Seleção Cearense de 1959 que no PV, sob o comando do técnico carioca Jorge Vieira, ganhou de Pernambuco (3 a 2). Diz o leitor Célio Coelho: "Nesse jogo ouvi pela primeira vez o saudoso comentarista Paulino Rocha. Sempre escutava os comentários de Afrânio Peixoto. Jorge Vieira quebrou o tabu ao ganhar de Pernambuco, mas foi mal no Brasileiro de Seleções. A Seleção Cearense perdeu do Rio Grande do Norte (0 x 1) no PV. Em 1960 Jorge foi campeão carioca pelo América".