Tom Barros

Diferença mínima

Até agora nada de superioridade ostensiva dos grandes Fortaleza e Ceará. Nenhum mostrou supremacia insofismável. O Ceará, pelo qualificado gripo que tem, dá sinais de que poderá alcançar padrão condizente com o que dele a torcida espera. Mas suas minguadas vitórias ainda não traduzam a tão badalada diferença de potencial. Já o Fortaleza trafega na escorregadia faixa de transição. Pela emergencial situação deflagrada com a inesperada saída de Marcelo Chamusca, Nedo Xavier está tendo de fazer dos primeiros jogos do Campeonato Cearense uma espécie de embutida pré-temporada, ou seja, a que engloba num só ato preparação e execução, erros e correções, desajustes e ajustes. Aliás, meio nebuloso ainda o próprio certame.

Recordando

1965. Uma seleção de notáveis craques que, creio, seja a Seleção Carioca, pois, pelo uniforme, a Seleção Brasileira não é. A partir da esquerda (em pé): Murilo, Manga, Brito, Fontana, Buglê e Roberto Dias. Na mesma ordem (agachados): Garrincha, Alcindo, Silva, Fefeu e Rinaldo. Também não identifiquei o estádio embora parte do prédio apreça atrás dos atletas. (Foto enviada por Elcias Ferreira).

Mais

Espero mais do Horizonte. Não que tenha decepcionado. Nada disso. Há mostrado qualidade com Andre Cassaco, Albano, Dico. O técnico Arnaldo Lira conhece bem os concorrentes. Pela boa pré-temporada, imaginei que chegaria bem superior aos demais. Mas, para minha surpresa, não foi assim diante do Icasa nem diante do Fortaleza.

Bugre

O time da querida Sobral tem produzido além das expectativas que criei. A vitória sobre o Ceará foi perfeita. Certamente seu melhor momento. Mas o tropeço em Itapajé, no empate diante do Itapipoca que faz pífia campanha, teve como desculpa a péssima condição do gramado do Vieirão. Tudo bem, mas o gramado estava ruim para as duas equipes.

Só deu Sobral

No Debate Bola (TV Diário) houve a escolha do mais bonito gol do certame estadual até aqui. Resultado: na opinião da mesa, que teve a seleta presença dos médicos Anchieta Maciel e Chico Lopes, ganhou o gol de Eduardo, do Guarany, sobre o Ceará. Na votação pela internet ganhou o gol de Fernando Sobral, também do Guarany sobre o Ceará.

No ataque

O zagueiro Sandro, do Ceará, continua muito perigoso nas conclusões no chamado jogo aéreo. Fez de cabeça o gol do Ceará em Sobral. E no jogo diante do Maranguape sempre apareceu concluindo de cabeça, após lançamentos na área nas cobranças de falta ou escanteio. Até marcou um gol, mas anulado porque derrubou o goleiro Milton.

88 anos

Hoje o escritor cearense, Airton Fontenele, chega aos 88 anos de idade. Autor de incontáveis livros sobre a Seleção Brasileira, artigos e colaborações s no rádio e na televisão, ele é o mais ativo pesquisador da Canarinho em todos os tempos. Suas obras têm o reconhecimento da crítica nacional. Como disse o inesquecível João Saldanha: "Com o Airton ninguém pode". Parabéns!

Conclusão da pesquisa de Eugênio Fonseca sobre árbitros do futebol cearense na década de 1940: José Maria Róseo de Oliveira (Zé Maria), José Tosta, Argemiro Félix (Sherlock), Francisco Félix Nogueira (Planica), Edson de Oliveira, Artur Oliveira, José Liberato (Chinelada), Lourival Lima, José Barros, Deoclésio Lopes, Francisco Dutra, Pedro Gomes Sobrinho, sargentos Barros, Aécio Menezes, Armando Barreto e Araújo, tenentes Mozar Moacir e Nilo Campos e o capitão José Ribamar Raposo. Valeu, Eugênio!