Tom Barros

Quando chega o Natal

Pausa no futebol. Bola parada. Tempo para outros temas. É Natal. Cidade iluminada. Festa para Jesus. Hoje, mais comercial que religiosa. Mil desejos de felicidade. Alguns sinceros, vindos do fundo da alma; outros, nem tanto. Há pessoas amargas que não desejam felicidade a ninguém. Quando pequeno, pedi ao Papai Noel uma bola Drible ou uma Super-ball. Eram as marcas famosas. Recebi uma Drible. Lá vem o futebol de volta. Houve um "racha" no campo da Igreja dos Remédios. No dia seguinte um ladrão levou a bola que estava na entrada da minha casa. Passou. Sempre à meia-noite era a Missa do Galo. Família na igreja, motivação cristã. Hoje, pelas ameaças de assalto, nem Missa do Galo. Os ladrões que levaram a minha bola deixaram muitos herdeiros.

Recordando

Ceará. Década de 1980. A partir da esquerda (em pé): Rafael, Alexandre, Lula, Caçapava, Djalma e Bezerra. Na mesma ordem (agachados): Katinha, Arnaldo Lira, Anselmo, Assis Paraíba e Josué. Detalhes: Katinha mora em Florianópolis. Lira é treinador. Lula Pereira comenta futebol na TVC. Assis Paraíba esteve doente, mas já se recupera. Josué é treinador. Faz tempo não vejo Alexandre, Bezerra e Djalma. (Acervo de Elcias Ferreira).

Bicicleta

Meu filho Marcel Otoni Rodrigues Barros era pequeno. Tinha cinco anos. Ganhou de Papai Noel uma bicicleta. Pela manha, cedinho, quando acompanhado da babá foi dar uma volta no quarteirão, um assaltante armado levou a bicicleta dele. Marcel está com 32 anos. De lá para cá, ficou tudo mais difícil. Os ladrões se multiplicaram mais do que os pães.

Otimismo

Não quero ser tomado pelo pânico e pelo pessimismo. Apesar dos assaltos nas ruas e aos cofres públicos, além da violência cada vez maior, ainda assim quero acreditar que a mensagem cristã sairá vitoriosa. É preciso pensar positivamente, mesmo quando tudo parece complicado demais. Natal é mensagem renovadora, redentora.

Relâmpago

Mesmo com as festas de Natal e com as festas de passagem de ano na próxima semana, os clubes seguem em preparação intensa.

Isso ficou provado nas oportunas matérias mostradas pela TV Diário, enviadas pelos competentes repórteres Lorena Tavares (Cariri), Maristela Gláucia (Sobral), Ricardo Lima (São Benedito) e RafaelLeno (Quixadá).

Sem novidade

Para 2015 nenhum técnico é novidade. Dado Cavalcanti (Ceará) treinou o Icasa. Aí vem a lista: Chamusca (Leão) Washington Luís (Guarani/J) Vladimir de Jesus (Icasa), Júnior Cearense (Guarany/S, Roberto Carlos (Itapipoca), Paulo Rossi (São Benedito), Arnaldo Lira (Horizonte), Mastrilo (Maranguape) e Raimundinho (Quixadá).

Destaque

Amanha, dia 25, aniversaria o ex-jogador Bechara, hoje comentarista de televisão. Ele há se destacado em tudo o que faz. Como atleta, brilhou no futebol cearense e no futebol europeu. Como comentarista, vem tendo desempenho significativo, já pelo equilíbrio, sensatez e amplo conhecimento da matéria. Credibilidade em alta. Parabéns, caro amigo.

Sereno, apelido de Inácio de Oliveira, cantor e compositor que nos deixou belas canções. Na década de 1930, trabalhou em emissoras paulistas. Em 1951, compôs "Quando Chega o Natal", sucesso na voz de Neide Fraga. Em 1957, Ivon Cury regravou com sucesso essa música. No trecho final, diz: "Meu sapatinho é tão velho que tenho vergonha de pôr no fogão, mas ponho o meu coração para Papai Noel pôr mais uma ilusão". Admitir ilusões parece ser mesmo melhor. A brutalidade da vida está dura demais.