Conversa franca
Como foi agradável conversar com o técnico Marcelo Chamusca. Ele estava no ar, no Debate Bola, mas parecia em casa, tão à vontade, a falar dos planos para 2015 à frente do Fortaleza. Chamusca, ao lado de Bechara, Sérgio Pinheiro e Denise Santiago, cuidou de dizer o que pensa e o que pretende fazer. Consciente dos desafios, afirmou que serão muito maiores que os deste ano, a começar mesmo pelo número de competições. Em 2015 serão quatro (Campeonato Cearense, Copa do Nordeste, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro), duas a mais que as disputadas este ano. Não escondeu as dificuldades para a montagem do elenco. Tem de haver adequação entre os jogadores pretendido e as condições financeiras do clube. Foi uma conversa franca, aberta, amiga.
Recordando
A partir da esquerda: Cristiano Santos, coordenador do Memofut/CE e o Grande Capitão, Alexandre Nepomuceno, zagueiro comandante do tricampeonato estadual do Ceará (1961/62/63). Alexandre é uma legenda do nosso futebol. Segundo o médico Urico Gadelha, Alexandre está para o Ceará assim como Hideraldo Bellini está para a Seleção Brasileira, guardando-se, claro, as devidas proporções.
Um momento só
Apenas num momento observei Chamusca um pouco irritado. Foi quando mais uma vez o torcedor perguntou a razão por que ele não escalou Guto nas duas partidas contra o Macaé. Marcelo Chamusca não aceita tenha sido esse o motivo da eliminação pela falta de vitória do Leão. Para ele, ausência sentida e que influenciou no resultado foi a de Edinho.
Alguns detalhes
Chamusca gostaria de ter Robert de volta. Está todo mundo querendo quem marca 30 gols. Mas aí é uma questão da diretoria. /// Marcelo Chamusca cantor? E cantor com voz colocada num CD? Sim, mas apenas uma única vez, quando teve de participar de uma homenagem ao pai dele. Fazendo das tripas coração, gravou uma música de Tim Maia.
Contratações
Dos atletas anunciados pelo Ceará, um em especial tem espírito guerreiro: o zagueiro Charles. Na época em que jogou no Fortaleza, chamou atenção pelo esforço físico e doação à luta. No Vozão vai para a posição que mais queimou jogadores este ano. Por lá passaram apertos Anderson, Potiguar, Alex Lima e Diego Ivo, dentre outros.
Sopa no mel
Do experiente treinador Lula Pereira ouvi uma explicação exemplar. Segundo ele, volante que apenas cerca deixa muito a desejar. Volante tem que saber desarmar. Essa é uma qualidade essencial. Concordo com o Lulão. Melhor ainda se o volante souber desamar e também sair para o jogo. Aí será sopa no mel.
Ainda bem
No meio dos marmanjos, uma flor. A bela auxiliar de arbitragem, Carolina Romanholi, pretendia encerrar sua carreira no fim deste ano, mas a paixão pelo esporte foi maior. Ganhou o futebol, ganhou o público, ganhou o quadro de arbitragem da FCF. A empresária Romanholi promete mais um ano de encantamentos na linha lateral. Ótimo.
Caixa de entrada
Do leitor Antonio Roberto Peixoto: "Expresso aqui minha opinião e a de muitos torcedores deste imenso país. Sou militar da Aeronáutica. Nasci em Natal/RN. Tenho 49 anos. Morei em Fortaleza por 11 anos. Eu e muitos amigos não gostamos de Telê. Como treinador da Seleção foi um perdedor. E perdedora também foi a Seleção Brasileira de 1982. Uma geração de perdedores. Devemos sempre jogar para vencer. Por isso admiro as seleções de 1994 e a de 2002. Seleções vencedoras".