Tom Barros

Arruma as malas aí

Apoio às bases é o discurso do momento de quase todos os clubes brasileiros. Até aí, tudo bem. Mas tenho visto com alguma apreensão propostas que podem não trazer nenhum benefício. É preciso formar o jogador para proveito do clube e não para venda imediata. Os clubes cearenses logo se desfazem de atletas que ainda estão "engatinhando". Caso recente, as revelações do Fortaleza. De repente, jogadores repartidos entre empresários. Fracionados. Cortados em postas como peixes vendidos nos mercados à Beira Mar no Mucuripe. Aqui, revelações são vendidas a preço de banana. Os times não esperam a valorização do atleta para só então negociá-los por valores significativos. Aqui, por qualquer 400 mil réis ou uns poucos tostões, o jovem arruma as malas.

Recordando

No encontro do Memofut, em homenagem ao grande capitão Alexandre Nepomuceno, a presença de ex-jogadores contemporâneos dele nas décadas de 1950 e 1960. A partir da esquerda: o lateral-esquerdo Tangerina, o goleiro Hélio, o zagueiro Alexandre Nepomuceno, o atacante Pacoti, o goleiro Pedrinho Simões e o amigo deles, Auryvan Pinheiro. O encontro foi promovido por Cristiano Santos, do Memofut/CE.

12 milhões

O Bahia, não faz muito, vendeu o meia Anderson Talisca ao Benfica por R$ 12,4 milhões. Bom dinheiro, mas ainda assim, fatiado. Confira: 50% para o Bahia, 20% para o empresário Carlos Leite, 10% para a empresa Chácara Celeste, 10% para o Clube Astro, também formador de Talisca e 10% da empresa Bahia Soccer. O mundo é mesmo dos vivos.

Pressa

Aqui, jogadores são vendidos por R$ 400 mil ou R$ 500 mil e ainda há quem entenda que está fazendo um ótimo negócio. Se o investimentos nas bases continuarem assim, não vejo sentido nisso. Motivo simples: nem o atleta é aproveitado aqui por um tempo maior, dando retorno com títulos, nem vendido a preços condizentes com o que foi investido.

A quem pertence

Quando há uma revelação no futebol cearense, a primeira pergunta é: a que empresário pertence atleta? Há alguns anos, dos mais prejudicados em situação assim foi o atacante Vavá, ex-Ceará. Por desentendimentos entre seus empresários, passou messes sem poder jogar, fato que prejudicou muito a carreira do atleta.

Saudoso Zé

Vicente Alencar e Daniel Campelo me procuraram para fazer um reparo. Numa foto recentemente publicada no Recordando, citei que estavam Peter Soares, o repórter Luciano Lima e Paulino Rocha. Na verdade, não era o Luciano Lima, mas sim o saudoso operador de som José Maria Silva. O Zé Maria trabalhou também na Rádio Uirapuru.

Um ano bom

Na inauguração da Calçada da Fama, o titular da SEGE, Ferruccio Feitosa, falou sobre o significado histórico da iniciativa. E disse de sua alegria pessoal pelo êxito do Castelão. Enganou-se quem dizia que após a Copa o estádio seria um elefante banco. Lembrou que o Castelão fecha o ano como palco de grandes eventos nacionais e internacionais. Um ano bom.

Início

Ouvi Vladimir de Jesus, técnico do Icasa. Ouvi também Marcelo Chamusca, técnico do Fortaleza. Já ouvira Dado Cavalcanti, quando apresentado pelo Ceará. Entrevistei Lira no Debate Bola. Argeu dos Santos, anunciado técnico do Guarany/S, logo anunciado como não mais sendo treinador do clube. Saiu antes de entrar. Júnior Cearense assumiu o Guará/S. Taí a chance. Se como técnico tiver a qualidade que tinha como jogador, Júnior será mais um a vencer nessa função. Todo início é assim mesmo.