Tom Barros

Voltas que o mundo dá

Na década de 1960, vi Gildo tri cearense pelo Ceará. Em 1965, já como locutor, narrei grandes atuações dele. Cobri todos os jogos do Nordestão de 1969, que o Ceará ganhou. Gildo no auge. Em 1971, foi outra vez campeão pelo Ceará. Artilheiro notável. Tempos depois, foi morar a duas casas da minha na Gentilândia. Amizade solidificada há mais de 40 anos de vizinhança. Gildo, doente, não pôde comparecer à homenagem no Calçadão da Fama no Castelão. Dona Filomena, esposa dele, pediu que eu o representasse. Voltas da vida. Jamais imaginei que um dia fosse representar o meu ídolo de tantos anos. E o fiz emocionado, como se ele próprio ali estivesse.

Recordando

1969. Rádio Dragão do Mar. A partir da esquerda: o ex-narrador Peter Soares, saudoso repórter Luciano Lima e o saudoso comentarista Paulino Rocha, campeão de audiência. Paulino também foi homenageado no Calçadão da Fama. A foto me foi entregue ontem no Castelão pela querida Valdênia Rocha, viúva do Paulino.

Dupla situação

Se fiquei feliz por representar Gildo na solenidade de instalação do Calçadão da Fama, de outra parte fiquei triste porque eu gostaria que ele ali estivesse. Gildo precisava ter visto o quanto é amado pelo público. Graças a Deus ele está lúcido. Lê jornais e vê televisão. Certamente, embora de forma indireta, terá uma ideia desse carinho.

História

Agradável rever Erandy, autor do primeiro gol do Castelão em 1973. Eu estava lá. Belo gol. Mas Erandy gosta de brincar com a situação. "Aquele chute que errei ainda hoje me rende homenagens", diz. Já o maior artilheiro do Castelão, Geraldino Saravá, autor de 98 gols nessa praça esportiva, faz questão de frisar: "Fiz 98 gols e nenhum de pênalti". Que bom!

História II

Pacoti, ídolo do Ferroviário, também foi homenageado na Calçada da Fama. Notável goleador no Ferrão, no Vasco, na Seleção Cearense, em Pernambuco, em Portugal. O Fortaleza indicou o grande Ronaldo Angelim para a Calçada da Fama. A propósito, sua fama é nacional, é flamenguista. Quem faz gol de título brasileiro está na história.

Saudade

Hoje, às 19 h, na Igreja das Irmãs Missionárias, na Av. Rui Barbosa, Missa da Esperança pela alma do saudoso Belarmino Maia, amigo que conheci amante do futebol, máxime do América e do Calouros do Ar, e apaixonado pela aviação. Daí tantas vezes condecorado pela Força Aérea Brasileira. Familiares e amigos em oração.