Tom Barros

A Copa democrática

Decisão da Copa do Brasil à moda mineira. Fim de uma competição que, pelo modelo mata-mata, embora não seja do agrado de muitos, conta com a minha simpatia. Faço restrições apenas à mudança que houve no seu formato inicial, quando dela participavam apenas os campeões e vice-campeões de cada estado. Não gostei de terem alterado o regulamento, criando alguns privilégios. Ainda assim, a Copa do Brasil segue como única disputa futebolística democrática, verdadeiramente nacional. Abrange todos os estados, abrigando sob o mesmo teto times de renome, times de nomes esdrúxulos e até times "sem nome". Difere da Série A, elitizada por várias situações, máxime pela diferença de cotas que privilegiam as grandes equipes e as regiões mais fortes.

Recordando

1982. Uma das boas formações do Ceará Sporting Clube. A partir da esquerda (em pé): Cícero Capacate, Nagel de Melo, Lulinha, Nicácio, Ramon, Aristeu Holanda, Caiçara, Volney, Mazolinha, Mozart, Bezerra, Josué e Marcelo Vilar. Sentados e agachados (na mesma ordem): Zé Luís, Hamilton Silva, João Carlos, Valdemir, Jorge Luís, Alves e Júlio (mordomo). Na foto também aparecem três torcedores. (Colaboração de Elcias Ferreira).

Selecionadas

A Copa América (ex-Campeonato Sul-Americano) foi o primeiro campeonato continental de seleções disputado no mundo. Foi em 1916. A competição que vem sendo mantida. De lá até 2011, já ocorreram 43, com sete campeões: Uruguai, 15; Argentina, 14; Brasil, 8; Paraguai, 2; Peru, 2; Bolívia, 1; Colômbia, 1. A próxima Copa América será no Chile, de 11 de junho a 4 de julho de 2015. A última Copa América conquistada pelo Brasil foi em 2007, sob o comando de Dunga. (Dados de Airton Fontenele).

Favorito

O Atlético/MG está com a mão na taça, embora a Copa do Brasil seja marcada pelas reviravoltas. Neste ano mesmo, caíram times que estavam em grande vantagem. Foi assim com o Ceará: já comemorava a classificação, quando foi despachado pelo Botafogo. Foi assim com o Flamengo: já comemorava a vaga na final, quando foi despachado pelo Atlético.

Marca

A propósito de Copa do Brasil, muita gente entende que o Ceará entrou em parafuso na Série B depois daquela traumática eliminação na Copa provocada pela virada do Botafogo no Castelão. Discordo. Faltou ao Ceará correção de rumo no tempo certo. A marca traumatizou, ficou. Mas nunca motivo único da queda de produção do Ceará.

Fora de campo

No Fortaleza uma dependência: a montagem da equipe somente poderá ser definida, de forma concreta, com a eleição da nova diretoria, fato que acontecerá apenas no dia primeiro de dezembro. Até lá, atenções gerais voltadas para as disputas políticas fora de campo. Depois haverá a corrida contra o tempo para montar o time.

Tempo

A necessária espera pela definição do rumo político no Leão acabará prejudicando a formação do grupo para 2015. Não se monta um time num piscar de olhos. Os candidatos já devem, pois, preparar os esquemas para contratações imediatas. Afinal, após o pleito, terão pouco mais de um mês pata colocar o Fortaleza em campo.

Em alta

Apesar de o Icasa ter sido rebaixado, o técnico Vladimir de Jesus, por mais paradoxal que pareça, obteve o reconhecimento público de seu positivo trabalho. Pegou o time em forte crise e, mesmo assim, obteve resultados impressionantes. O maior deles: o empate com o Vasco em pleno Maracanã, com o Verdão jogando bonito e até merecendo vencer.