Tom Barros

Minas de ouro e prata

Há algumas décadas, somente Rio de Janeiro e São Paulo festejavam a condição de melhores do Brasil no futebol. Depois, bem distante, vinham Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Hoje, observa-se nitidamente que não mais Rio e São Paulo têm o domínio pleno da situação. Ainda são polos respeitáveis e até poderão recuperar a hegemonia nacional, mas, no momento, Minas Gerais dá as cartas, pinta e borda, casa e batiza. O Cruzeiro ganhou o bicampeonato (2013/2014), chegando ao seu quarto título brasileiro. E o mesmo Cruzeiro decidirá amanha a Copa do Brasil, enfrentando o favorito Atlético/MG, que tem a vantagem de, mesmo se perder por 1 a 0, ainda assim ficar com o título. Minas de ouro. E, na Copa do Brasil, Minas de ouro e prata. O melhor do futebol está lá.

Recordando

1991. Uma das formações do Ceará. A partir da esquerda (em pé): Caetano, Roberval, Airton, Da Silva, Ivanildo e Paulo César Sacramento. Na mesma ordem (agachados): Claudemir, Lira, Jean, Hélio e Mazinho Loyola. Desse time, tenho mais contado com Claudemir que trabalha no Grupo Edson Queiroz. Lira foi contratado pelo Horizonte. Mazinho esteve recentemente no Debate Bola na TV Diário. (Acervo de Elcias Ferreira).

Exploração

No final do século XVII, começou a exploração do ouro no Brasil. Minas Gerais foi quem melhor respondeu às expectativas. Alcançou o apogeu da mineração entre 1750 e 1770. O ouro de Minas enriqueceu muita gente e trouxe prosperidade ao Estado. Com o esgotamento dos minérios, Minas partiu para outras opções. Lá, hoje, o futebol é que é ouro e prata.

No Ceará

O lateral Egídio, titular bicampeão brasileiro pelo Cruzeiro, esteve no Ceará em 2011 e foi dispensado por não corresponder. Antes o Flamengo já o emprestara ao Paraná, Juventude, Vitória e Figueirense. Foi no Cruzeiro que Egídio se firmou. É ídolo e teve festa no seu centésimo jogo pelo Cruzeiro. No Ceará foi muito criticado. Jamais se firmou no Vozão. Voltas da vida.

Serenidade

Advincula Nobre é torcedor do Fortaleza. Assíduo nas redes sociais, ele fez coro com o Debate Bola (TV Diário) na pregação da união tricolor. Não vejo outro caminho. As divergências internas são responsáveis diretas pela permanência do Fortaleza já há cinco anos na Série C nacional. Até quando, senhores?

Adesão

O jornalista Sílvio Carlos espera que amanhã cerca de 100 amigos do tricolor de aço compareçam ao Country Clube para o jantar de adesão. A notícia de que Fernando Moraes fechou com o papa sacudiu a torcida do Leão. É provável que Ronaldo Angelim esteja presente. Os interessados na adesão devem ligar para 9134.1473.

Compromisso

Ricardinho não desiste. Na entrevista mostrada pela TV Diário, ele foi incisivo: reconhece ser difícil a combinação de resultados, mas renova o compromisso de o Ceará fazer a parte que lhe cabe, ou seja, ganhar do Luverdense. No mais é ficar na expectativa, pois no futebol tudo é possível, ainda que todas as condições sejam desfavoráveis. Se é jogo, a sorte é um componente.

Cair para a Série C

Hoje, certamente, a ficha ainda não caiu na verdadeira dimensão. O rebaixamento do Icasa é um estrago muito grande para o futebol do Cariri. Série C é tormento. Recursos minguados, só na medida; com raras exceções, estádios modestos, campos acanhados. O abalo advindo dessa descida precisa ser neutralizado. Time com salários atrasados é uma rampa aberta para as categorias inferiores. Se não for corrigida a questão financeira, o Verdão correrá sério risco de despencar ainda mais.