Últimas esperanças
O Ceará de hoje mistura desilusão e confiança, descrença e esperança, abatimento e luta. Ora entende que ainda é possível chegar lá; ora considera impossível lá chegar. Chega ou não chega? Para alcançar o objetivo da classificação, o alvinegro terá de buscar na campanha do primeiro turno a inspiração sumida na segunda etapa do campeonato. É como quem procura uma joia perdida dentro da própria casa. Do tipo em que a mulher varre todo o imóvel, faz promessa a Santo Antonio (dos objetos perdidos), agarra-se com Santa Rita (dos casos impossíveis) e, mesmo assim, nada. No futebol há santos (São Paulo, Santo André, Santos), mas a história é outra. Ganhar do Atlético é missão, ação, decisão. Lema do Ceará: recuperar o futebol perdido. Últimas esperanças.
Recordando
Década de 1950. A partir da esquerda: goleiro Barbosa, vice-campeão mundial na Copa de 1950; Castilho, goleiro titular na Copa de 1954 e reserva no bicampeonato de 1958 na Suécia e 1962 no Chile; Gilmar, goleiro titular no bicampeonato mundial (1958 e 1962). Gilmar, na Copa de 1966, começou como titular e assim jogou contra a Bulgária e contra a Hungria, mas foi substituído por Manga no jogo contra Portugal, o que eliminou o Brasil.
Incrível Atlético
O time goiano vem de cinco vitórias consecutivas (2 a 1 no Oeste, 2 a 0 no Avaí, 3 a 0 no Luverdense, 2 a 1 no Náutico, 3 a 1 no Vila Nova). Antes, empatara com o Icasa. É, sem dúvida, a maior arrancada nesta reta final da Série B nacional. O Ceará, se quer mesmo chegar ao G-4, terá de faturar três pontos, barrando esse formidável avanço do time goiano.
Conjunto
A base da reação do Atlético/GO, comandado pelo técnico Wagner Lopes, é o conjunto, ou seja, justo o que anda faltando ao Ceará. No Atlético estão Pedro Bambu (ex-Tiradentes) e Júnior Viçosa, dois jogadores bem conhecidos dos cearenses. Pedro é titular absoluto. Júnior é reserva, mas vem entrando bem. No jogo passado substituiu Kayke e fez um gol.
Mistério
O técnico PC Gusmão optou por esconder tudo. Treino fechado, time titular, nada de informação a respeito desse assunto. Com efeito, gerou expectativa sobre a formação. De uma coisa a torcida pode ter convicção: o time vai à luta. Pelo menos é que o se espera, após a dispensa de jogadores e cobrança geral. Fim da pusilanimidade.
Contraste
Do elenco do Fortaleza já foram embora Erick Flores, André Zuba, Eduardo, Genilson, Tiago Cametá, Breno e Hudson. Acordo feito. Rescisão assinada. Vida que segue. Observem como é fácil desmontar uma equipe. Em uma semana ou um pouco mais, tudo resolvido. Agora, para montar um bom time, só Deus sabe o tempo que leva.
Lista
Bom goleiro André Zuba, desligado do Leão, não teve chances pois Ricardo estava bem. André já jogou em 17 times: Palmeiras, América/SP, Remo, Avaí, Juventus, São Bento, Santa Cruz, Metropolitano, Bragantino, Catanduvense, Guarany/CAM, Nacional/POR, União da Madeira/POR, Botafogo/PB, Caxias/RS, Guarany/S e Fortaleza. Incrível.
Mais uma vez
O narrador Gomes Farias sugeriu na Verdinha-810 um movimento para reerguer o Ferroviário. Não conto o número de tentativas anteriores. E todas ficaram pelo caminho. Lembro que grupos já foram formados, mas esbarraram diante dos muitos problemas corais. Lá estiveram, tentado implantar projetos inovadores, vários profissionais. Dentre eles, Mirandinha, Bechara, Armando Desessards. Mas todas as ações foram em vão. Vamos ver se prosperará a nova iniciativa.