Tom Barros

Tanto esforço em vão

O Fortaleza perdeu o jogo, não a dignidade. Perdeu a vaga na Série B, não o respeito. Mas doeu mais uma vez ver fugir a classificação que esteve tão perto. O Macaé a levou. E deixou frustração, tristeza, desilusão, mágoa, lágrima furtiva. Ainda bem resiste, persiste, sentimento maior que a tudo supera. Hoje, a tendência é protestar, contestar, exigir, xingar. Natural reação de quem teve um sonho desfeito. E desfeito na presença grandiosa de mais de 60 mil torcedores. Mais alguns dias, tudo voltará ao normal. Sei que será difícil esquecer cenário repetido: o líder, time de melhor campanha, superado por equipe de campanha inferior. Cruel mata-mata. Fica a lição: o Fortaleza teve 180 minutos e acréscimos para ganhar. Não ganhou. Começou a perder quando "aceitou" o 0 x 0 no Rio.

Pouco

A rigor, o Fortaleza pagou caro o preço da apatia quando do jogo em Macaé. Lá, não teve a postura de time superior. Deixou-se nivelar. Não assinalar gol no Moacyrzão foi fatal. O Macaé trabalhou bem esta parte. Jogou por uma bola. A bola do Juba. Desestabilizou o Fortaleza. Deixou em pânico a torcida. O que era favorável virou pressão contra. Deu no que deu.

Reação

Para não ficar no mar de frustrações de Ceará e Fortaleza no fim de semana, pelo menos a positiva postura do Icasa, que empreende reação. As seguidas vitórias sobre Ceará e Portuguesa tiraram o Verdão da zona maldita. Como disse o técnico Vladimir de Jesus, além de melhorar a qualidade do seu futebol, o Icasa é um time que também tem muita fé.

Recordando

Década de 1970. Belo uniforme do Calouros do Ar, então integrante da Série A cearense. A partir da esquerda: Neto, Nivardo e Miro. Mas esse era o uniforme número dois. O uniforme principal do Calouros era semelhante ao do Fluminense do Rio. Hoje, não sei a situação do Calouros do Ar. Ainda o acompanhei na Série C. Depois, perdi contato com Wambar Menescal, último baluarte do clube. (Acervo de Elcias Ferreira).