Altos e baixos
Não há time de futebol que, num campeonato de longa duração como a Série B nacional, mantenha invariável sua produção. É natural que, em determinado momento, haja, pelo desgaste, acentuada queda de produção. Isso ocorre a todos. Uns mais; outros, menos. Tudo depende da qualidade do elenco e do nível dos substitutos. Padecerá mais quem depender de um ou dois jogadores. No caso do Ceará, visível a dependência do grupo com relação ao ídolo Magno Alves. Quando ele joga bem e desequilibra, tudo fica facilitado. Mas, quando não está numa jornada de boa inspiração, as coisas desarrumam. Questão é saber superar essas oscilações no menor espaço de tempo possível. Quanto mais demorar, mais comprometido fica o objetivo da ascensão.
Recordando
Década de 1980. A partir da esquerda: Hélio Sururu e o goleiro Salvino. O colaborador Elcias Ferreira não me mandou detalhes sobre Hélio Sururu. Já o goleiro Salvino teve brilhantes passagens pelo Fortaleza e pelo Ceará, ganhando vários títulos estaduais. Após encerrar a carreira, Salvino passou a ser preparador de goleiros do Fortaleza, onde há se destacado. É um dos melhores preparadores de goleiro do futebol cearense.
Um só
A dependência a que me referi ficou visível na Copa do Mundo deste ano no Brasil. A seleção refém do talento individual de Neymar. Isso facilitou demais a marcação dos adversários, que ampliaram sua vigilância sobre esse jogador. E, quando uma contusão tirou da Copa Neymar, parecia que toda a Canarinho tinha ido embora junto com ele.
Onze rodadas
Faltam 11 jogos para terminar a Série B. Há ainda para cada time 33 pontos em disputa. Portanto, tempo e pontuação suficientes para uma retomada, máxime dos que, como o Ceará, estão na órbita do G-4. Mas é preciso pressa, muita pressa, nos ajustes. Se a separação do contato com o G-4 superar os seis pontos, aí a retomada tornar-se-á bem complicada, pois dependerá de terceiros.
Nada fácil
Qual será o adversário mais fácil para o Fortaleza no mata-mata, dentre os cinco times que disputam a última vaga no Grupo B, no caso, Macaé, Juventude, Caxias, Guaratinguetá e Guarani? Fácil, nenhum. Há, porém, estilos de escolas diferentes. Seria interessante evitar enfrentamento com o futebol gaúcho, de marcação forte e mais complicada.
Remanescentes
Do atual elenco do Fortaleza, Guto e Waldison são os únicos que atuaram no fracassado mata-mata diante do Oeste no PV em novembro de 2012. Já do insucesso diante do Sampaio Corrêa em outubro de 2013, quando o Leão nem chegou ao mata-mata, do atual elenco jogaram Eduardo Luiz, Waldison e Robert. Hora do troco chegou.
Dosando energia
Marcelinho Paraíba sabe quão importante será a sua experiência para a definição do Fortaleza no mata-mata que vem por aí. Aliás, sábia a postura de Marcelinho que vai dosando energias, tal como fez no empate com o Botafogo (0 x 0) no Almeidão. Há hora para queimar energia, há hora para poupá-la. Inteligente, Marcelinho há administrado muito bem essa parte.
Sem sentido
Ouvi alguns companheiros da crônica cobrando de Marcelinho Paraíba melhor empenho, pois consideraram apática sua atuação no jogo em João Pessoa. Ora, amigos, pergunto: haveria sentido Marcelinho se "matar" em campo num jogo cujo resultado em nada influiria na posição de líder, ocupada pelo tricolor? Calma, gente. Tudo a seu tempo. Vem aí o mata-mata. Aí, sim, hora de sangue total, energia total, coração total, futebol total. Até lá, como tenho citado, administração de resultado.