Tom Barros

Ceará, mais uma vez

A partir do jogo de hoje, diante do Avaí, será possível formar juízo seguro sobre os reflexos da saída do G-4 no ânimo do Ceará. Até que ponto o time sentiu o abalo? Como estarão a autoestima e a confiança para as futuras jornadas? Uma tira-teima será disparado logo mais. Se o time tiver força mental para não se abater diante dessa sequência de resultados insatisfatórios, a possibilidade de imediata retomada será viável. Mas, se quedar pelas pressões, a retomada será difícil. Sérgio Soares insistirá com um volante só? E quando não tiver Magno Alves, como fazer para manter elevado o padrão das finalizações? O Ceará não pode ficar refém deste ou daquele jogador ou deste ou daquele esquema. Se não criar opções eficientes, poderá ver comprometido o seu próprio projeto de ascensão.

Voo especial

Como foi agradável ter a bordo da aeronave Vimana-100 o querido Amenhotep Rodrigues, apresentador do programa "Destaque VM", do Canal 10. Pilotei o avião e notei que o Tep estava muito à vontade durante todo sobrevoo pelo litoral leste. Ele ficou encantado com os cenários contemplados do alto (1000 pés), principalmente sobre a Prainha e sobre o Iguape. Não ficarei surpreso se, a partir de agora, o Amenhotep também se tomar de paixão pela aviação desportiva.

Recordando

Década de 1970. A partir da esquerda (em pé): Lulinha, Alexandre, Ronner, Otávio Souto, Renato Cogo e Dida. Na mesma ordem (agachados): Haroldo, Amilton Melo, Geraldino Saravá, Chinesinho e Dario. Detalhes: Lulinha morreu aos 64 anos de idade no dia 27 de outubro de 2013. Deixou muita saudade. O zagueiro Alexandre foi campeão brasileiro Série A pelo Guarany/SP em 1978. (Acervo de Elcias Ferreira).

Zagueiro

Na estreia em Curitiba, Wellington foi bem na zaga do Ceará. Mas ainda é preciso um período melhor para avaliação definitiva. Em Curitiba, Wellington pegou para marcar um limitado ataque paranaense. Sei que isso não tira o mérito do estreante, que trabalhou na área com altivez e desenvoltura. Mas é bom esperar um pouco mais. Questão mesmo de cautela.

Tradição

O terceiro uniforme do Ceará está bonito, foi aprovado, tudo bem. Mas não custa lembrar que é o terceiro uniforme. A rigor, o respeito à tradição deve ser mantido. O Ceará tem mesmo de jogar com o uniforme principal (camisas com listas brancas e pretas, verticais, calções pretos, meiões pretos). Terceiro uniforme é exceção. É bom não confundir as coisas.

Recomposição

Genilson fica fora, mas o técnico Chamusca já conta com o retorno de Eduardo Luís. E mais: Max Oliveira vem treinando à parte e em breve também estará à disposição do treinador. Quando as coisas começam a dar certo é assim. As recomposições e substituições acontecem de forma gradual, na medida das necessidades.

Selecionadas

Na segunda convocação da nova Era Dunga, de novidade só a chamada de dois atletas que ainda não atuaram pela seleção principal: os laterais Mário Fernandes, 23 anos (CSKA, de Moscou) e Dodô, 27 anos (Inter/Milão). Convocação para os jogos com Argentina (11/11 em Pequim) e Japão (14/11) em Cingapura. (Dados de Airton Fontenele)

Homenagem

Saudoso ex-deputado Aldenor Nunes Freire, que em 1970 iniciou a luta pela construção do Castelão. Sem ele, a obra não teria saído do papel. O futebol cearense tem uma dívida para com Aldenor, que também era carinhosamente chamado de Capotinho. Ele merecia uma homenagem justa e ampla no Castelão, mas lamentavelmente até hoje foi esquecido. Ingratos!