Defesa dos "Estaduais"
Pelo calendário do futebol brasileiro para 2015, já divulgado pela CBF, mais se vê quão minguado vai ficando o campeonato estadual. Apoucado, diminuído, como algo sem valor. Nota-se, a cada ano, a velada intenção de extinguir sua história. Muitos são o pregadores do fim dos "estaduais". Tomam por base, segundo argumentam, a inviabilidade econômica e financeira desse tipo de disputa. Os campeonatos estaduais estariam, pois, nos estertores, vivendo seus últimos anos ou derradeiros momentos. A continuar assim, as competições nacionais e o Campeonato do Nordeste certamente engolirão a disputa local. Mas os defensores dos "estaduais" não podem nem devem cruzar os braços diante da nova ameaça. É hora de agir. Agora ou nunca.
Enxotado
Como sapo posto para fora da sala nas casas e fazendas, assim vejo o Campeonato Estadual. Mas o sapo é teimoso: volta, e volta, e volta. Sejam também teimosos os defensores dos "estaduais". E voltem, e voltem, e voltem. O certame estadual tem seu chame, encanto e beleza. Basta que saibam comercializar bem essa parte.
Atrativo
Os estados brasileiros são maiores que muitos países europeus. Podem, sim, pela população quem têm, promover certames lucrativos. Se os "estaduais" são deficitários, entendo que isso acontece por incompetência dos encarregados de suas comercializações. Apelo existe. Falta só quem, como o marqueteiro Sílvio Carlos, saiba torná-lo mais atrativo.
O Memofut (Grupo de Literatura e Memória do Futebol) segue estimulando a preservação dos valores desse esporte. Assim homenageou pessoas ligadas aos setor. Foto do encontro. A partir da esquerda (em pé): Coordenador do Memofut Cristiano Santos, Tom (colunista), Hilton Oliveira Júnior, Saraiva Júnior, Edilson Alves e Eugênio Fonseca. Sentados: Airton Fontenele, Benê Lima, Pedrinho Simões e Hilton Oliveira.
Hora certa
Marcelinho Paraíba, punido com o terceiro cartão, fica fora do Leão na hora certa. O jogo diante do Águia, em Marabá, será mero cumprimento de tabela. O Leão tem outras alternativas para um jogo assim que não define nada. É até bom para Marcelo Chamusca examinar como se comporta o time sem o maestro Paraíba.
Gramados
É provável que o Fortaleza pegue o Madureira/RJ no mata-mata. Se assim for, terá de jogar no acanhado Estádio Aniceto Moscoso (Rua Conselheiro Galvão). O gramado desse estádio está péssimo. Aliás, o Leão também jogará no gramado ruim do Estádio Zinho de Oliveira em Marabá. Preparação para esse tipo de desafio exclusivo da Série C.
Aliado
Mauro Carmélio, presidente da FCF, sempre foi um defensor intransigente dos Campeonatos Estaduais. Não posso dizer o mesmo dos demais presidentes de federações. Se formassem um bloco unido em torno desse ideal, certamente levariam a CBF a uma postura favorável ao "estaduais". Mas não é o que acontece.
Precursor
Após vários anos, revi meu amigo, jornalista Hilton Oliveira, que conheci na década de 1970 nos velhos tempos do Correio do Ceará, jornal dos "Diários Associados". Hilton, já ali, mostrava sua inclinação pela preservação da memória. Criou a página "Museu da Chuteira", onde focalizava a história de ex-jogadores. Hilton também trabalhou com êxito na Tribuna do Ceará. Hoje, feliz, curte a vida. E vê seu filho, Hilton Júnior seguindo os mesmos passos, com dignidade e honradez.