Tom Barros

Um segundo Barbosa

A torcida brasileira não tem jeito: após perpétua execração de Barbosa na Copa de 1950, resolveu agora condenar à pena máxima o atacante Fred. Não concordo com marcação cerrada sobre quem quer que seja. Fred não foi o único culpado pela desgraça. Aí lembro o título da música "Quando Dois Destinos Divergem", do cearense Lauro Maia, imortalizada na maviosa voz de Orlando Silva. Felipão, certamente mais culpado que Fred, tem tido destino menos cruel e complicado, apesar da derrota para o Inter na estreia. Já o destino de Fred está sendo de apupos injustos e continuados. A vaia fere a alma, constrange o coração e paralisa o atleta. Um segundo Barbosa parece ter sido escolhido. Fred, o bode expiatório de todos os males da Seleção Brasileira. Que absurdo!

Ânimo novo

A propósito de Felipão, sua derrota na estreia pelo Grêmio foi combustível para o adversário, o Inter, pegar pressão. O time de Abel ganhou novo ânimo na luta para reverter, amanhã, no Castelão, a desvantagem que tem diante do Ceará pela Copa do Brasil. O Inter assumiu a vice-liderança da Série A nacional, encostou no líder Cruzeiro e vem cheio de otimismo.

Duas frentes

O Ceará jogou muito bem na vitória sobre o Inter, mas, no jogo seguinte, jogou mal diante do Boa. Resultado: apenas empatou em pleno PV. Houve críticas dos radicais. Já na bela vitória sobre o Atlético no Serra Dourada, a retomada do bom padrão. Futebol é assim mesmo. Ninguém consegue ser 100% o tempo todo. Trabalhar em duas frentes provoca maior desgaste.

Recordando

Década de 1970. Artur Ribeiro do Carmo, o Arturzão Pai D'égua, em dia de casa cheia no PV. Artur era versátil. Jogou de zagueiro, de volante, de atacante. Morreu no dia 31 de julho de 2007, aos 58 anos de idade. Sagrou-se bicampeão cearense pelo em 1971 e 1972. Em 1974 transferiu-se para o Botafogo do Rio. Retornou ao futebol cearense, atuando pelo Fortaleza. Depois novamente jogou no Ceará, sendo tetra em 1978.

Obstinação

Um dos maiores artilheiros do Fortaleza foi Croinha. Veio do Maranhão e aqui se estabeleceu como ídolo tricolor. Quem o melhor, Croinha dos anos 1960 ou o Robert, artilheiro do Brasil hoje? Há méritos nos dois. Croinha mais incisivo, mas Robert sabe trabalhar melhor a bola. Em ambos a mesma vocação, a mesma obstinação pelo gol.

Acordo

A diretoria do Icasa não quer de volta como investidor o paulista Boim. O Verdão quer mesmo é uma composição amigável: Boim, mediante um valor acordado, desistiria da ação na Justiça. Isso posto, receberia o dinheiro ajustado e o Icasa estaria livre para receber o restante, valor que no momento está retido por ordem judicial.

Afirmação

Quando aqui chegou em 2013, vindo do Salgueiro, Marcelo Chamusca foi olhado com desconfiança e desdém. Desconhecido dos cearenses, logo seria criticado por não ser um Top como queriam os mais exigentes. Hoje, menos de um ano depois, Marcelo é unanimidade entre os tricolores. Imaginem só se conseguir a ascensão para a Séria B.

Adversário. O Fortaleza enfrentará o Cuiabá/MT, sábado próximo. O adversário tricolor é vice-líder do grupo, mas sua campanha é bem inferior à do Leão. O Fortaleza tem cinco pontos de vantagem (22 a 17) e seis vitórias contra cinco do Cuiabá. O Fortaleza é único invicto. O Cuiabá já perdeu três jogos, inclusive o da estreia para o próprio Fortaleza. O Leão ganhou no PV por 2 a 1, numa partida de portões fechados. O time cearense dominou amplamente a partida. Tiago Cametá e Edinho fizeram os gols do Leão.