Tom Barros

Confiança absoluta

Vai o Fortaleza cumprir hoje a sua 10ª partida pelo Grupo A da Série C. Em casa, no Castelão, tem todas as vantagens diante de um Salgueiro (13 pontos), que está no G-4, mas apertado pelo CRB (12 pontos) e pelo Treze (10). O Fortaleza segue invicto. O Salgueiro perdeu para o Fortaleza (0 x 1) na estreia e para o Águia (3 x 0). Ganhou do Paysandu, do Asa e do Treze. Faz campanha oscilante, instável na produção e na postura. Assim mesmo, na abertura do certame, deu muito trabalho ao Fortaleza. Dominou o primeiro tempo e parte do segundo. Mas na reta final deu espaços. Aí se aproveitou o Leão, máxime com o oportunismo de Robert que fez 1 a 0. O Fortaleza iniciava ali sua trajetória vitoriosa. É o favorito do jogo de hoje, mas com todo respeito ao adversário.

Diferença

Quando o Fortaleza estreou diante do Salgueiro, no Estádio Cornélio de Barros, a defesa tricolor era composta por Eduardo Luiz e Max Oliveira, então base da estabilidade leonina na retaguarda. Hoje, Genilson e Adalberto fazem o trabalho. Andaram se confundindo feio no gol do Asa na partida passada. Mas depois readquiriram a confiança e o equilíbrio.

Radar

No jogo de estreia, Radar também entrou como titular. Fez trabalho razoável. Perdeu a posição para Fernandinho. Mas no jogo passado, quando teve chance de outra vez entrar de início, Radar jogou bem, principalmente no segundo tempo. No terceiro gol do Fortaleza, genial foi a jogada de Radar, com toque de calcanhar e preparação da bola para o chute de Robert.

Recordando

Década de 1970. PV. Meia Luciano Oliveira, então jogando pelo Ceará. Luciano brilhou também intensamente no Fortaleza. Uma das partidas mais notáveis de Luciano foi pelo Ceará diante do Corinthians/SP no Campeonato Brasileiro de 1971. Luciano anulou o famoso meia Rivelino, que um ano antes, pela Seleção Brasileira, havia conquistado o tricampeonato mundial no México. (Colaboração de Elcias Ferreira).

Fantasma

Antes de começar a Série C deste ano, o Fortaleza tinha um fantasma a enfrentar: o Águia de Marabá. Nos anos anteriores, esse time paraense tinha se tornado grave empecilho no caminho tricolor. Pois o Fortaleza ganhou (1 x 0) do Águia e liquidou os temores. Hoje vê o mesmo Águia na lanterna do grupo com sete pontos.

Personalidade

Agora o Leão parte para quebrar uma situação que para alguns virou tabu e para outros virou superstição. É o tal do mata-mata. Penso diferente. Analisando os concorrentes, vejo o Fortaleza preparado para o desafio. Agora se mostra com personalidade forte para superar tudo. Prova disso: com um jogador a menos, a virada sobre o Asa.

Ousado

Coisa recente, revi meu amigo e parceiro Tom Cavalcante com quem, durante um ano e meio, na década de 1980, apresentei o Nordeste Rural. Agradável papo lembrando também sua presença nos programas esportivos da Verdinha. Tom é ousado. Dirigir filmes em Los Angeles é apenas um dos objetivos dele no momento. Obstinado como é, sei que lá chegará.

Voltas da vida. Voltas da vida. Vejo no Grupo B da Série C nacional times que, há alguns anos, estavam na Série A, na elite, e até com título nacional. Caso do Guarani de Campinas, hoje o oitavo colocado. Vejo também o São Caetano, que disputou com o Vasco da Gama um título nacional pela Série A. O São Caetano está na vice-lanterna do Grupo B da Série C. Esses times foram apontados como modelo. De repente, desabaram no despenhadeiro e não são nada boas as possibilidade de uma retomada imediata.