Tom Barros

Não há time perfeito

Taí o Ceará líder. E ainda há quem só encontre defeitos no time de Porangabuçu. São os radicais exigentes que mais cobram dos outros do que a si. Sei que o Ceará, apesar da liderança, não é perfeito. Mas quem é perfeito no atual futebol do Brasil? Mostrem-me esse time-perfeição que terei imenso prazer em conhecê-lo. Afirmo, porém, que o alvinegro está no caminho certo. Tem o ataque mais positivo e quatro pontos a mais que o segundo colocado, o América/MG. E tem ainda o maior número de vitórias do campeonato, oito. Não é perfeito, mas cumpre correta campanha.

Pênalti

Não me venham com esta de queimar o Robert pela cobrança perdida. Errou, foi mal. Sim, mas não é motivo para crucificação. Prefiro olhar mais o número de gols por ele marcados do que a infelicidade de um pênalti perdido.

A defesa

Um ponto vulnerável do Ceará é a defesa. Todos sabem disso, principalmente os adversários. Há tempo Sérgio Soares tenta corrigir, mas não está sendo fácil. Contra o Santa, por pouco não estraga tudo. Mas é assim mesmo. Demanda tempo corrigir.

Qualidades

Apesar das falhas de marcação, é incorreto ver apenas deficiência nos zagueiros Sandro, Diego Ivo ou Anderson. São zagueiros goleadores. Isso é bom. Mas, enquanto não alcançarem a sintonia fina, as críticas construtivas continuarão.

"Ainda falta ritmo para que eu alcance 100% de produção. Mas isso é questão de tempo. Breve estarei no ponto".
Lulinha
Atacante do Ceará

Definição

É justo criticar a perda de pênalti. Concordo. Mas discordo dos que fazem disso cavalo-de-batalha. Marcelo Chamusca precisa tomar uma posição: definir um cobrador oficial de pênalti. Evitará o desconforto como o que houve no empate com o Botafogo/PB.

Crítica do técnico

Na quarta, em Porto Alegre, Inter x Ceará. O Inter ganhou do Bahia (0 x 1) na Fonte Nova. Agora imaginem só: o técnico Abel Braga, mesmo com a vitória, declarou que não gostou nada da produção de sua equipe. No entender do Abelão, o time jogou mal.

O melhor

Impressionante a subida de desempenho do meia-atacante Nikão. No momento, na minha avaliação, é o melhor jogador do Ceará. Superou a fase em que céticos estavam os torcedores. O apoio que recebeu do técnico Sérgio Soares foi fundamental.

Sem cabine

Pelo que li ontem na coluna escrita pelo Paulo César Norões, as emissoras de rádio não terão cabines no Castelão. Conclusão: serão tablados semelhantes aos usados na Copa. E a segurança dos cronistas? Não ficarão expostos? A conferir.

Recordando

Década de 1960. O zagueiro Laudenir que veio do Rio de Janeiro para o Ceará. Fez parte do timaço que conquistou o Nordestão de 1969, na histórica decisão com o Clube do Remo de Belém/PA. Depois que encerrou a carreira, Laudenir voltou para o Rio. Lá, formou-se em Direito. Há mais ou menos nove anos veio rever amigos e nos visitou na TV Diário. Tempos depois da visita, recebi a triste notícia de seu falecimento.