Novo treinador
Será o treinador o maior problema da seleção brasileira ou será ele também vítima do modelo de preparação da Canarinho? Há quatro anos, amaldiçoaram o técnico Dunga. O mesmo Dunga que ganhara a Copa América em 2007 e ganhara a Copa das Confederações em 2009. Até ali, Dunga prestava. Bastou perder para a Holanda (2 x 1) nas quartas de final da Copa, Dunga entrou em desgraça. Da mesma forma, Felipão era o bom, pentacampeão do mundo com a Canarinho em 2002 e campeão da Copa das Confederações 2013. De repente, desaprendeu tudo, não presta mais. Fim da "Era Dunga". Fim da "Era Felipão". Ou será que o futebol brasileiro "Já Era"? Cuidado com os julgamentos apressados, ao calor das emoções. Quase sempre enganam.
Mudança?
Não sou afeito a mudanças precipitadas, principalmente após os tormentosos momentos de uma derrota em Copa do Mundo. Quando o Brasil perdeu na África do Sul, a CBF anunciou um ambicioso plano de renovação. Que plano foi esse? Ninguém sabe. Tudo continuou como antes. E assim, pelos mesmos vícios, a nova derrocada agora no Brasil.
Opiniões
Ouvi declarações interessantes dos ex-jogadores da Seleção Brasileira, Zico, Clodoaldo e Dadá Maravilha. Analisaram inclusive possível vinda de técnico de fora. É natural que haja uma certa reserva com relação à vinda de treinador estrangeiro. Mas, em último caso, seria uma opção a mais. Para mim, se é para trazer, que venha Pep Guardiola.
Recordando
Uma das formações do Fortaleza na década de 1970. A partir da esquerda: Cícero, Pedro Basílio, Queirós, Louro, Serginho Redes e Bauer. Na mesma ordem agachados: Hamilton Rocha, Silvinho, Zé Carlos, Chinesinho e Geraldino Saravá. Observem o detalhe: o Pici antigamente apenas com mangueiras ao redor do campo e o gramado desnivelado, diferente do belo Estádio Alcides Santos de hoje. (Colaboração de Robério Perote)
Meio-termo
Pelo sucesso do futebol europeu, que com estilos diferentes ganhou duas Copas (tic-tac da Espanha e o dinâmico/agudo da Alemanha), temo queiram tornar totalmente europeu o futebol brasileiro. É inadmissível algo assim. Um meio-termo pegará bem. Por exemplo: buscar a aplicação tática, mas sem perder a liberdade de improvisação.
Conjugação
O melhor para o futebol brasileiro será a conjugação da forma de preparação física e tática dos alemães com a nossa arte. Dizem que a arte nossa está resumida a Neymar, ou seja, sem Neymar estará condenada à extinção. Discordo. Até admito uma escassez, não o fim. Está no gene nacional o estilo único de criar, driblar, improvisar. Penso assim.
Retorno em 2018
Dentre os 23 convocados para a Copa 2014, apenas cinco terão chances de retornar para a Copa 2018, pois estarão com menos de trinta anos. Bernard terá 25 anos, Neymar, 26; Oscar, 26; Paulinho, 29; e Willian, 29. Há três que terão acima de 30 anos, mas que ainda poderão ser aproveitados: David Luiz. 31; Thiago Silva, 33; e Marcelo, 30. (Dados de Airton Fontenele)
Saudade
Morreu o querido narrador Foguinho, o Francisco de Assis. O rádio cearense perde um profissional de elevado talento. Preciso nos lances, timbre de voz perfeito para transmissões esportivas, Foguinho deu show por onde passou. É exemplo para ser seguido pelos jovens. Estive com ele em várias Copas do Mundo. Dividi com ele e com amigos inesquecível e agradável momento em Juazeiro do Norte quando Foguinho comemorou 50 anos de batente. Saudade que fica. Vida que segue. Valeu, Fogo!