Copa do Mundo sem medo
Mais um pouco, todos os visitantes estarão aqui. Gente de procedências variadas, diferentes pelos costumes, culturas, raças e religiões. O objetivo deles é um só: ver a Copa e desfrutar das belezas do lugar. Encontrarão aqui manifestações violentas? É possível. Mas, por mais paradoxal que pareça, os ativistas que tentaram incendiar o país na Copa das Confederações, acabaram sendo úteis. Revendo os modelos, hoje os aparelhos de segurança, reforçados por contingentes federais, estão em condições de neutralizar em tempo recorde todos os excessos. A ordem é tolerância zero.
No ritmo
Discordo de quem apregoa que Walfrido, do Fortaleza, caiu de produção. Não caiu de produção nada. Quando muito, uma variação para mais ou para menos, algo comum na vida dos atletas. Compreendo que continua muito bem. E no ritmo.
Precipitação
O momento ideal para vender jogador deve ser bem calculado. Na maioria das vezes, a precipitação na venda traz prejuízos. Sei que apostar na afirmação nacional de um atleta tem seus riscos. É investimento como outro qualquer, mas vale a pena, creio.
Calma, gente
Investimento sempre foi operação de risco, mas, quando bem planejado, reduz sobremaneira a possibilidade de insucesso. É lamentável ver alguns dirigentes crescerem os olhos logo aos primeiros lampejos de um craque.
"O objetivo é no período da Copa apresentar três ou quatro contratações. Temos de reforçar o grupo para passar à Série B".
Adailton Campelo
Diretor de futebol do Fortaleza
Comportamento
O que levou o torcedor pacato das décadas de 1950, 1960 e 1970 ao comportamento agressivo dos tempos atuais? Para alguns analistas, as torcidas organizadas. Para outros, as infiltrações de marginais nas torcidas organizadas. Para uma terceira corrente, é uma extensão da violência generalizada que tomou conta do mundo.
Na seleção
Ídolo do Fluminense, Washington César Santos morreu domingo passado. Teve brilhantes passagens por seleções brasileiras. Em 1987, campeão (ouro) invicto no Pan-Americano de Indianópolis (marcou dois gols). Pela seleção principal, de 1987 a 1989, cinco jogos, marcou dois gols (quatro vitórias e um empate). Dados de Airton Fontenele.
Disponibilidade
Mota tem história no Ceará. Ganhou títulos e sua afinidade vem do tempo em que ele era torcedor de arquibancada. Deixou o Ceará porque na época algumas situações o incomodavam. Agora, no novo momento, percebeu que o ambiente está favorável ao seu retorno. Colocou-se à disposição. Num certame longo como a Série B, pega bem sua volta.
Recordando
Em 1973 Marcelino, ex-goleiro do Ferroviário, foi no futebol cearense quem mais tempo passou sem tomar gol: 1.295 minutos. Mas no dia 10 de junho daquele ano, no PV, no jogo Maguari 2 x 1 Ferroviário, aos 35 minutos do primeiro tempo ele teve o tabu quebrado pelo atacante do Maguari, Ibsen, que foi parabenizado até mesmo pelo próprio Marcelino. O Ferroviário também perdeu uma invencibilidade de 16 partidas. Ibsen foi revelado no Internacional (do Becão). Depois jogou pelo Guarany de Sobral, América, Tiradentes, Maguari e Rio Negro de Manaus. No futebol de salão, Ibsen integrou várias vezes a Seleção Cearense no tempo de Cacá, Zé Milton, Heitor, Plácido, Luciano Frota, Zé Frota e outros grandes jogadores. (Colaboração de Wagner das Graças Monteiro, Rua Costa Barros, Aldeota, Fortaleza/CE).