Tom Barros

Ritmo mais forte

O jogo com o Parnahyba foi ensaio do Ceará para enfrentar o Paraná Clube. Algumas peças alvinegras precisam render mais, sob pena de repetir o vexame como o sofrido diante do América/MG. Enquanto Magno Alves não tiver um parceiro ideal, seu rendimento não será o mesmo dos tempos em que fazia dupla com Mota. Há atletas que se aborrecem com cobrança. É o caso de Souza. Não é o caso de Bill, conforme explicação dele contida na frase especial da coluna de hoje. Verdade é que o time precisa entrar num ritmo mais forte de produção. Com o atual, a ascensão continuará sendo uma incógnita.

Boas participações

Gil (Givanilton Martins Ferreira) tem entrado bem no ataque do Ceará. Creio até que já merece melhor definição quanto ao seu aproveitamento por parte do técnico Sérgio Soares. Recordando. A partir da esquerda: Edmilson, penta mundial pelo Brasil em 2002 na Copa Coreia/Japão, e Ricardo Torres, repórter da Rádio Progresso de Russas. Foto batida na recente festa de despedida de Ronaldo Angelim. Final da Copa em 2002, Brasil 2 x 0 Alemanha. Brasil: Marcos, Lúcio, Edmílson e Roque Júnior; Cafu, Gilberto Silva, Kléberson, Ronaldinho Gaúcho (Juninho Paulista) e Roberto Carlos; Rivaldo e Ronaldo (Denilson)

Semelhante

O Paraná (8º) não assusta o Ceará (12º). Tem campanha semelhante à do Alvinegro cearense, sendo melhor apenas no saldo de gols. O time vem de um empate com o Santa Cruz no Arruda. Boas as referências ao grupo dirigido pelo técnico Claudinei Oliveira.

Juventude

Robinho, esperança alvinegra. Embora muito jovem (18 anos apenas), há mostrado personalidade, mesmo quando ao lado de um nome consagrado como Magno Alves. Certo Soares quando aposta nele. É renovação.

"Estão me cobrando. E eu estou trabalhando. Eu até gosto de sofrer pressão. Ajuda a superar os desafios".

Bill
Atacante do Ceará (sobre seu atual momento)

Espera

O Fortaleza em ritmo de espera. O Leão está muito bem na fase classificatória. Creio mesmo que alcançará sem percalços o seu objetivo. Quanto à fase mata-mata, ainda noto certa ansiedade quando os tricolores referem-se ao assunto. Explico no tópico ao lado.

Ansiedade

Os tricolores têm desde já de combater a volta da ansiedade excessiva, que tanto há prejudicado o time nos dois últimos anos. Agora, pelo novo grupo, o Leão tem de ir ao mata-mata com confiança e de forma natural, sem criar clima de pressão que leva à angústia.

Natural

Se o Fortaleza encarar sem desespero a fase de definição, gerará condições psicológicas favoráveis e afastará os temores excessivos, que só desconcentram o grupo. Mata-mata tem seus riscos, mas nada de torná-los maiores do que são.

Preferência

Repito: na minha opinião, gostaria de ver o zagueiro Dedé no time do Felipão. Acompanho Dedé desde que surgiu e brilhou no meu Vasco da Gama/RJ. É bom. Aliás, ontem, por um lapso, citei Dedé como sendo do Atlético/MG, quando na verdade está no Cruzeiro.