Tom Barros

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Primeiras adversidades

É muito comum time campeão ser derrotado no primeiro jogo após a conquista. Alegam para tal os efeitos das comemorações. Mas não analiso assim a derrota alvinegra. O time estava até bem no jogo, quando tomou os dois gols. Daí então, não mais se acertou. Ao sofrer o terceiro gol, já no segundo tempo, abdicou de vez. A rigor, a desatenção da defesa do Ceará comprometeu. E alguns jogadores ficaram devendo melhor participação como, por exemplo, Nikão e Bill. São as primeiras adversidades na Série B nacional deste ano. Servem já de advertência.

Propósito

Dias antes do jogo no Independência, o zagueiro do América, Victor Hugo, pregou aviso. Disse que a meta este ano era acabar com os tropeços do time em casa. No ano passado, o América perdeu muitos pontos lá, inclusive sendo derrotado pelo Icasa.

Estreia

Marcelo Chamusca tem a missão de subir o Fortaleza para a Série B. Já tentaram sem êxito Zé Teodoro, Ademir Fonseca, Júlio Araújo, Vica e Luís Carlos Martins. Taí a chance, Marcelo.

Em casa

O América/MG fez melhor: empatou com o Vasco no Rio e ganhou do Vozão em Minas. Cabe ao Ceará vencer os jogos aqui. Pega o Náutico no Castelão. Fazer pontos em casa é preciso, assim como pregou o Victor Hugo, do América.

"Nosso pensamento agora é a Série C, de onde queremos tirar o Fortaleza ao final da competição. E vamos conseguir".
Robert Atacante tricolor, artilheiro do Brasil, com 21 gols marcados no Campeonato Cearense 2014

Hora de subir

Algo me diz que o Fortaleza sobe para a Série B. Fez bela campanha no estadual e na final com o Ceará teve notável desempenho, retomando a raça que andava sumida do Pici. Recompôs o brio, a força daquelas camisas, a confiança, o moral, a dignidade, tudo. Hora de subir. Alias, já passou da hora.

Juventude

O Leão aposta nos seus jovens valores como Max, Walfrido, Edinho e Romarinho. Mas fundamental será a participação do experiente Marcelinho Paraíba. A Série C tem seus entraves. É difícil. Mas não creio que o tricolor vá tropeçar na mesma pedra na qual vem tropeçando há quatro anos seguidos. É tempo demais, gente.

Chegar junto

Papo agradável tive com o querido Jorge Parente, que um dia eu quis ver presidente do Ceará. Ele não foi presidente alvinegro, mas seu filho, Alexandre, sim. E com muita competência. Uma família admirável. Jorge me felicitou pela entrevista sobre as Copas do Mundo de 1958 e 1962. Reminiscências de fatos que Jorge também vivenciou. Valeu, amigo. Fiquei feliz.

Recordando.
De Wagner das Graças Monteiro: "Gosto do Recordando porque oferece espaço a personagens (dirigentes, árbitros, técnicos, jogadores, radialistas, locutores) que, num passado não muito distante, fizeram história no futebol cearense.

A propósito, lembrei-me de uma das figuras mais conhecidas da torcida do Ceará nas décadas de 1950 e 1960: o mascote Titico. Ele, de pequena estatura, sempre empunhando a bandeira alvinegra, entrava em campo com o time. Como torcedor fiel e humilde, Titico vibrava com as conquistas do Ceará e sofria com suas derrotas e perdas de títulos. Por onde anda? Quem dá notícias dele? Os torcedores mais novos não sabem quem foi Titico nem o que ele representou para o clube, numa época em que as torcidas se respeitavam".