Bola parada. Hora de cedências. Cada um a dimensionar perdas financeiras. E, num processo de adivinhação, qual o tempo que ainda demorará para tudo voltar ao normal. Operação de risco. Acima das perdas, as compreensões recíprocas entre dirigentes e jogadores, com a intermediação do Sindicato dos Atletas de Futebol do Estado do Ceará (Safece), sob a orientação do presidente Marcos Gaúcho. Em situações de crise assim, ou todos são vencedores ou todos são perdedores. Não há no caso, vencedores e derrotados. O bom senso é que prevalece em nome da sobrevivência. Assim no futebol, assim também em todos os outros segmentos de atividade profissional. O mundo todo teve de se despir das ganâncias e intolerâncias. A lei do mais forte estraçalhou-se porque um inimigo invisível, sem músculos, passou a desmascarar até os gigantes das academias de cultura física. Para alguns, fim dos tempos; para outros, apenas o começo das dores. Nisso tudo, um conforto e uma esperança: conforto pela boa vontade coletiva; esperança pela fé na misericórdia divina. Incerteza sempre fez, faz e fará parte da vida. Com ou sem vírus.
Composições
Cada time, de acordo com as condições financeiras próprias, acertou o acordo, levando em conta também a situação de cada atleta, pois os contratos são diferentes em tempo de duração e em valores. Importante, porém, a predominância da sensatez de parte a parte, observando-se a justa proporcionalidade.
Campeonato
A manutenção do modelo "pontos corridos", com todos os jogos, é decisão acertada. Não sei, porém, se será possível acomodar tudo em 2020, caso haja demora maior que a prevista. Há alguns anos, os campeonatos "invadiam" janeiro do ano seguinte. Naquele tempo, porém, não havia o disciplinamento legal que se tem hoje.
Nebulosidade
Ainda estou confuso sobre como será possível uma acomodação, caso o tempo de espera seja maior. Mas isso, creio, fará parte de possível Plano B decorrente de significativa alteração nos procedimentos de controle da crise na saúde. No momento, eles trabalham com um cenário. Se mudar, aí exigirá nova rodada de negociação.
Amandinha, que vi adolescente daqui saindo para desafios no futsal em Santa Catarina, teve agora mais uma consagração na sua vitoriosa carreira. Pela sexta vez eleita a melhor jogadora de futsal do mundo. Não é preciso dizer mais nada. Parabéns.
A propósito de cearense vitoriosa no esporte, faz tempo não vejo Elaine Gomes, que foi campeã mundial de handebol pela Seleção Brasileira, no ano de 2013. Notável atleta, vencedora, e de uma simplicidade admirável.