Até cerca de 20 anos atrás, jogo da Seleção Brasileira, qualquer que fosse, era motivo de festa para o torcedor brasileiro. Tudo bem que as lojas não fechavam como na época da Copa do Mundo, assim como ninguém saía mais cedo do trabalho. Mas o Brasil entrar em campo era o assunto dominante no dia. E sempre havia um tempinho para sentar de frente para a televisão e acompanhar a partida. Afinal de contas, era a tal "Pátria de Chuteiras" que tanto nos havia dado alegria. Sem contar que a maioria das partidas eram jogadas em solo brasileiro. Mesmo quando os atletas que atuam no exterior começaram a dominar as listas dos técnicos, a proximidade com o torcedor fazia com que existisse empatia com a escrete canarinho. O mesmo movimento não existe mais hoje. Nas últimas duas décadas, uma série de situações afastaram o brasileiro da Seleção. A começar pela falta de identidade do público com a equipe. Quem lembra qual foi a última vez que o Brasil atuou aqui no País, com exceção da Copa América? Quantas vezes isso ocorre por ano? Junte-se a isso campanhas abaixo da média e, claro, a falta de um ídolo que simbolize positivamente o selecionado.
Avivando a memória
Se o leitor puxou pela cabeça e não conseguiu lembrar, eu ajudo. Excetuando os jogos da Copa América, disputada no Brasil, e dos amistosos preparatórios, a última vez que a Seleção entrou em campo para uma partida em sua própria terra foi em 10 de outubro de 2017, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo da Rússia, quando venceu o Chile, por 2 a 0.
Sem referência
Já tivemos Pelé, Garrincha, Zico, Ronaldo e Romário. Hoje, temos Neymar como principal ícone da Seleção Brasileira. Tudo bem que alguns dos nomes acima não eram lá exemplos de pessoas centradas fora das quatro linhas, mas tinham algo que o "Menino Neymar" está longe de ter: a noção de que é um atleta profissional e de alto rendimento.
Boa nova
"A Grande Jogada" mudará seu horário na grade de programação da TV Diário. A partir do dia 2 de dezembro, volta ao clássico horário do fim da manhã, de 11h25 às 12h30. Sempre com os comentários de quem entende pra valer de futebol.
Arbitragem feminina cearense, que terá trio completo na final da Série C do Campeonato Cearense. Partida entre Itapipoca e Pacatuba, no Estádio Perilão, contará com Arianny Kristine como árbitra e Magna Leilane e Ana Carolina Souza na assistência. A quarta árbitra será Joélia Basilio. Palmas.
A EA Sports indenizará o volante Jackson Caucaia por uso indevido de sua imagem no jogo Fifa, entre 2011 e 2013, quando era jogador do Atlético/MG. A decisão foi da 2ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo. A condenação renderá ao jogador R$ 17,5 mil para reparar danos morais.
*Roberto Leite escreve interinamente a coluna devido às férias de Tom Barros