Os desajuizados ídolos do futebol

Confira a coluna deste domingo (22)

Legenda: Daniel Alves é denunciado por suposto assédio sexual
Foto: AFP

Daniel Alves, preso na Espanha. Logo no país onde ele viveu suas melhores glórias, quando atuava pelo Barcelona. Motivo: acusado de estupro por uma jovem de 23 anos. Ele nega. Ela reafirma. O caso está na justiça. Vez por outra, estoura um caso assim com ídolos do futebol. O escândalo acontece. E parece não servir de lição. Não faz muito, na Itália, Robinho foi condenado pela prática de estupro. Como consequência, perdeu contratos no Brasil e ficou sem clube para jogar. Por enquanto, está em liberdade aqui no Brasil, mas pode se complicar. Correto será pagar pelo que fez. Basta de impunidade!

Há alguns anos, nos Estados Unidos, o ídolo português, Cristiano Ronaldo, passou por problema semelhante ao de Daniel Alves. A jovem Kathryn Mayorga acusou Ronaldo de tê-la estuprado num hotel em Las Vegas. Por meio de seus advogados, Cristiano conseguiu um acordo extrajudicial, tendo resolvido o problema. Pagou boa grana pra liquidar o assunto. Em 2008, no Rio de Janeiro, o atacante Ronaldo Fenômeno, então atleta do Milan, da Itália, envolveu-se com uma travesti. O caso foi bater na polícia, pois a travesti acusou Ronaldo de não ter pago o programa. Virou escândalo. 

 

Experiência 

 

Como é que Daniel Alves, com toda experiência, ainda se mete numa situação assim? Honestamente, não sei. As baladas estão fazendo estrago na vida de muitos atletas famosos, mas os ídolos teimam em frequentar tais ambientes. Certamente se julgam intocáveis, mas não é bem assim. Por aí as leis e penas são duras. Impunidade é só no Brasil. 

 

Escapou 

 

Quem quase se complicou, há algum tempo, foi o atacante Neymar. Uma modelo o acusou de ter praticado estupro contra ela num hotel em Paris. Mas um vídeo mostrou que ele não praticara o estupro. E, pelo contrário, ele foi quem se defendeu das agressões. O inquérito foi arquivado por falta de provas. Mas ficou a lição. Os ídolos precisam ter cuidado com as ciladas. 

 

Exemplo positivo 

 

Dos quatro notáveis ídolos do futebol mundial, Neymar, Cristiano Ronaldo, Mbappé e Messi, apenas o francês e o argentino não tiveram problemas com o envolvimento de mulheres. Messi é um exemplo de profissional dentro e fora de campo. Messi vive para a família. Mbappé é jovem, tem 23 anos, mas, pelo menos até aqui, bem comportado.  

 

Comportamento 

 

Zico, eterno ídolo do Flamengo, jamais se envolveu com mulheres em baladas ou em qualquer outro lugar. Numa foi alvo de qualquer escândalo. Pelo contrário, adotou a disciplina como modelo dentro e fora de campo. Os mais jovens deveriam se espelhar no comportamento do Galinho de Quintino. Viveu para o futebol.  

 

Outro exemplo 

 

O saudoso Roberto Dinamite, eterno ídolo do Vasco da Gama, também teve comportamento exemplar dentro e fora de campo. Nada de baladas. Tinha compromisso com o futebol e dele fez um sacerdócio de vida. Os mais jovens também podem tomar como modelo a disciplina e o respeito que o Roberto adotou em sua vida. Nunca se envolveu em polêmica ou escândalo. Exemplo de vida.