Os argentinos perderam aqui

Vem aí o Carnaval. Mesmo assim seguirão em disputa a Copa do Brasil, Copa do Nordeste, o Campeonato Cearense e a Copa Sul-Americana. O assunto principal, creio, continuará sendo a vinda do Independiente de Buenos Aires para o jogo de decisão de vaga com o Fortaleza. No único jogo do Fortaleza contra time argentino aqui na nossa capital, houve vitória do Leão. Aconteceu no dia 29 de maio de 2010, conforme dados que me foram enviados pelo pesquisador Eugênio Fonseca. Fortaleza venceu até com facilidade. Aplicou 3 a 1 no famoso Boca Juniors, jogo realizado no Castelão. Alegam os argentinos que aqui esteve o time reserva do Boca, pois o titular que tinha nomes famosos como Riquelme, Ibarra, Lucas Viatri e Cristian Gimenez estava excursionando pelos Estados Unidos. Pouco importa. Com time "B", reserva ou alternativo, foi o Boca Juniors que perdeu, justo na festa comemorativa do tetracampeonato do Leão. O Fortaleza jogou com Fabiano, Peter, Leomar, André Turatto e Guto. Ricardo Baiano (Régis), Bruno de Jesus (Leandro), Coquinho (Reginaldo Junior) e Bismarck (Alex Gaibu), Jonhes e Paulo Isidoro (Gaúcho).

Alguns

Cito alguns jogadores argentinos que atuaram no futebol cearense, mas que não conseguiram se firmar. Marcelo Escudero esteve no Fortaleza em 2003. Não jogou nada. Gustavo Savoia esteve no Leão em 2012. Também não jogou nada. Maxi Biancucchi jogou pelo Ceará em 2017. Também um fracasso. Em 2018, o Leão anunciou Gérman Pacheco. Também não jogou nada.

Mais

Outros jogadores argentinos podem ter atuado por times cearenses, mas a minha memória lembrou apenas desses acima citados. Houve muita badalação na chegada de todos eles. Mas nenhum se estabeleceu. Todos tiveram passagem efêmera e sem brilho por aqui.

Confronto

Um argentino famoso veio enfrentar o Fortaleza aqui no PV, década de 1960, pela Taça Brasil. Foi Sanfilippo que jogara as Copas do Mundo de 1958 e 1962 pela Argentina. Ele estava no Bahia. O Fortaleza eliminou o Bahia. Sanfilipo jogou muito bem, mas não foi suficiente para livrar da eliminação o time baiano. Fortaleza seguiu na competição.

Ficou posto que o Fortaleza sempre levou vantagem quando diante de argentinos em disputas aqui. Na Taça Brasil, década de 1960, nem o ídolo argentino Sanfilipo segurou o Bahia, onde ele jogava. O Leão despachou o Bahia. E, quando o Boca Juniors esteve aqui, perdeu (3 x 1). É pensar positivo diante do Independiente

Entendo os objetivos do Fortaleza, que vislumbra fazer ótimos negócios com investidor russo ou outro que possa representar bons lucros. Até aí tudo bem. Jamais, porém, a venda do clube. Aí seria entregar a alma ao estrangeiro. O clube é invendável. É patrimônio e alma dessa torcida fantástica.