O retorno do futebol cheio de curiosidades

Há grande expectativa sobre a volta dos campeonatos. A volta com bola rolando para valer. O Campeonato Cearense, a Copa do Nordeste e a Copa do Brasil. Com relação ao Campeonato Brasileiro, nas suas diversas categorias, não será volta, mas começo. Neste emaranhado de desafios em que meteram, o futebol, não tenho a menor ideia de como será a acomodação. É uma experiência única nesta minha vida profissional que chegará aos 55 anos de batente já agora em setembro. Pensei que, com tantos anos de estrada, já tivesse visto de tudo no futebol. Não vi. Estou por ver. Terá de haver o milagre da multiplicação dos pães. Terá de haver o milagre da pesca abundante cujas redes foram rasgadas pelo peso de tantos peixes. Não sei como será possível colocar três quilos de um produto numa lata que comporta um quilo só. Mas os homens do futebol puxam de suas cartolas mágicas mais difíceis que as produzidas pelos famosos David Copperfield e Houdini. Confesso aos senhores que o simples retorno com tantos protocolos só será admitido pela força das circunstâncias. Por isso mesmo, repito: imprevisível qual cenário será colocado à disposição das torcidas. Mil dúvidas no ar.

Arbitragem

Não sei a razão pela qual aconteceu a saída de Carolina Romanholi do quadro de árbitros da FCF. Ela era qualificada como uma das melhores auxiliares de arbitragem do futebol cearense. Na última vez em que conversei com ela, não notei de sua parte nenhum desejo de encerrar a carreira, até porque tinha potencial para mais alguns anos. Foi estranho.

Melhores

Acompanhei a carreira de duas auxiliares de arbitragem que deixaram a marca de seus talentos no setor de arbitragem da FCF: Dayse Toscano e Carolina. Faz muito tempo não vejo Dayse. É outra que também não sei a razão por que na sua época parou. São essas coisas que acontecem e ficam por isso mesmo. Futebol, em qualquer setor, tem seus fatos inexplicáveis.

Mais detalhes

Os ex-jogador Geroldo (com "o" mesmo) morreu no dia 21 de maio. Tinha 88 anos. Sofria de alzheimer. Teve só uma filha, Gerocilda Ramos, que já morreu. Deixou dois netos. Jogou no América, Ceará, Fortaleza, Ferroviário e na Seleção Brasileira representada pela Seleção Pernambucana que disputou o Sul-Americano no Equador em 1959. Foi notável jogador. Fica a saudade.

O registro da morte de Geroldo me chamou a atenção para um detalhe: a memória do futebol cearense está desamparada. Os pesquisadores Alfredo Sampaio, Airton Monte e Airton Fontenele também morreram. A Beth Fontenele está sozinha, cuidando do acervo do pai.

O Memofut-CE foi desativado após a morte do Cristiano Santos. O Hilton Junior tentou retomar os trabalhos no Memofut, mas é preciso verba para bancar. Quem ainda está fazendo pesquisa é Eugênio Fonseca no Ceará. O Nirez Filho tem tentado ajudar. Mas está difícil.



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