O Palmeiras com a mão na taça

Leia a coluna do Tom Barros deste sábado (2)

Legenda: O Palmeiras está perto de seu 12º título Brasileiro da Série A
Foto: Cesar Grecco / Palmeiras

O Botafogo chegou a colocar 13 pontos de vantagem sobre os concorrentes. E foi festejado como campeão antecipado. Hoje, o Botafogo tem três pontos a menos que o líder, Palmeiras. E não depende mais de si para ser campeão. Agora é o Verdão que tem tudo para administrar a vantagem adquirida na reta final. Além de três pontos a mais, o Palmeira tem também uma vitória a mais (segundo critério de desempate) e um saldo de sete gols a mais que o Botafogo (terceiro critério de desempate). Síntese: o Verdão assumiu a dianteira em tudo.

Psicologicamente, o Palmeiras ganhou força. Subiu a autoestima. Subiu a autoconfiança. No Botafogo está acontecendo o contrário. O time não consegue segurar um resultado. Desonerou. É difícil retomar a convicção de que ainda poderá ganhar o título, embora no futebol tudo possa acontecer. Além disso, o Atlético-MG e o Flamengo encostaram de vez. Perdem para o Botafogo apenas no saldo de gols. Nesta altura do campeonato, cada equipe deve estar avaliando os adversários dos adversários. Por mais paradoxal que pareça, a interdependência se tornou tão significativa que até time da zona de rebaixamento pode complicar a vida dos que lutam pelo título.   

  

Novo comando  

  

O Ceará anuncia sua nova filosofia de trabalho. O objetivo é reduzir sobremaneira a margem de erro nas contratações. Realmente, o maior problema do Ceará tem sido contratar mal. Agora, portanto, é aguardar na prática que as futuras aquisições do Ceará correspondam à expectativa. Quero crer que será de suma importância a participação de Ricardinho neste mister.  

  

Mundo dos negócios  

  

Hoje, há clubes que dispõem de um departamento especializado no monitoramento de atletas no mundo todo. Os modernos meios de comunicação permitem o intercâmbio de informações detalhadas sobre o desempenho e potencial dos jogadores. É bem diferente do que acontecia há algum tempo.   

  

Operação de risco  

  

Costumo dizer que toda contratação, por mais criteriosa que seja, é uma operação de risco. Cito alguns fatores que contribuem para tal situação: adaptação do atleta, o relacionamento com o treinador e as condições de trabalho. Não raro, também pesam as condições contratuais, máxime com relação aos valores pagos. Há também a vaidade entre ídolos.  

  

Síntese  

  

Time que contrata bem leva grande vantagem. Pode cometer equívocos, mas é mais difícil. O Fortaleza, por exemplo, tem conseguido ótima resposta nas contratações que faz. Nos últimos anos, muito do seu êxito se deve a um minucioso monitoramento de atletas no exterior. A maioria das contratações tricolores tem correspondido.   

  

Conclusão  

  

Longe o tempo em que valia somente o trabalho dos empresários e dos procuradores dos atletas. Eles editavam vídeos que transformavam jogadores limitados em verdadeiros craques. Imaginem agora com a inteligência artificial. Então, correto é acompanhar a vida e o desempenho dos atletas em tempo real. Assim, dificilmente o clube interessado será enganado. 

 
 
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