O G-4 ao alcance do Vozão

Leia a Coluna desta segunda-feira (9)

Legenda: O Ceará venceu o Operário e colou no G4 da Série B
Foto: KID JUNIOR / SVM

A vitória do Ceará (2 x 1) sobre o Operário poderia ter sido sem confusão. Não entendi a razão pela qual o Vozão, já com o jogo na mão, envolveu-se em situações que apenas serviram para prejudicar a escalação de titulares na próxima partida. 

No primeiro tempo, após uma oportunidade desperdiçada por Maxuel, o Operário optou por ficar atrás, à espera de espaços para os contra-ataques. As iniciativas do Ceará terminavam no bloqueio do visitante. A exceção veio aos 42 minutos. A lucidez de Pulga e o oportunismo de Aylon colocaram o Ceará na frente 1 x 0. 

Na fase final, o Ceará ampliou o domínio. Erick Pulga mais uma vez fez a diferença. De cabeça, com perfeição, tirando a bola do alcance do goleiro Rafael Santos. Ceará 2 x 0. Restou a impressão de que o domínio seguiria sem risco. 

Na reta final, a surpresa: Daniel diminuiu (2 x 1). Deu a esperança de empate nos dois minutos restantes. Aí, em um lance precipitado, o goleiro Rafael Santos foi expulso. Tome confusão entre os jogadores. Saulo também foi expulso e vários do Ceará “amarelados”. Faltou juízo. 

Ainda bem que a vitória deu ao Ceará a justa expectativa de chegar ao G-4.  

 

Setembro massacrante 

 

Dia 11 de setembro, quarta-feira, em Porto Alegre, Inter x Fortaleza. Dia 14, sábado, em Curitiba, Athletico-PR x Fortaleza. Dia 17, terça-feira, no Castelão, Fortaleza x Corinthians. Dia 21, sábado, no Castelão, Fortaleza x Bahia. Dia 24, terça, no Néo Química, Corinthians x Fortaleza. Dia 29, domingo, no Castelão, Fortaleza x Cuiabá. 

 

Afronta 

 

Não há ser humano que resista. É uma ameaça à integridade física dos atletas. Uma afronta ao profissional do futebol, submetido a um regime de exploração. Uma programação que visa ao lucro em detrimento do homem. Um fábrica de lesões. E todos aceitam pacificamente. 

 

Gabinetes 

 

Os senhores, que estão à frente dos clubes, das federações e das confederações, decidem tudo em gabinetes confortáveis, climatizados. Querem saber do lucro em primeiro lugar, do lucro em segundo lugar, do lucro em terceiro lugar, do lucro em quarto lugar... 

 

Saudosista 

 

Podem me chamar de saudosista. Sou saudosista, sim. Sou de um tempo em que a programação admitia dois jogos por semana. Com raras exceções, três jogos por semana em programações extras. Nesse tempo, o futebol brasileiro ganhou três Copas do Mundo.  

Realidade 

 

Na época, a Seleção Brasileira não precisava buscar jogadores que estavam na Europa. Hoje, mandam buscar os artistas da bola que estão no eldorado europeu. Resultado: há 22 anos o Brasil passa batido, voltando para casa nas quartas de final. E, quando em casa chegou à semifinal, foi goleado pela Alemanha (1 x 7).    

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