O Palmeiras não precisou de esforços para golear o Fortaleza no Allianz Parque. Não vi o Leão em campo. Ficou como que paralisado, anestesiado, assistindo ao Palmeiras desfilar o futebol de Gustavo Scarpa, o melhor do jogo, Lucas Lima, Danilo, Bruno Lopes e companhia. A marcação tricolor não funcionou. Não chegou junto. Permitiu a livre movimentação palmeirense. O gol de Scarpa, cobrando falta com perfeição, foi o início de um bombardeio que terminou em 3 x 0. Poderia ter sido mais. Os gols de Lucas Lima e Breno Lopes foram apenas a consequência natural de um amplo domínio do time paulista, sob o olhar perdido de um Fortaleza atônito. A ligação tricolor não existiu. E assim o ataque também não existiu. Na volta do intervalo Enderson Moreira, já no desespero, fez sair David, Igor Torres e Bruno Melo. Tentou corrigir com Carlinhos, Derley e Osvaldo. Nenhum efeito. O Palmeiras, mesmo baixando o ritmo e administrando o resultado, continuou sendo o patrão da bola. Foi uma das piores apresentações do Fortaleza. Agora tentará a antecipada permanência na Série A, sábado próximo, diante do Bahia. Uma vitória simples para não depender de ninguém.
Desde que o Ceará completou 45 pontos, predomina a ideia de missão cumprida. Não gostei nada disso. Prefiro dizer que apenas uma das missões foi cumprida: a de permanecer na Série A nacional. Teria que lutar pelos demais objetivos: pré-Libertadores e Sul-Americana. Mas caiu de produção.
Realmente houve a redução do ritmo, após confirmada a permanência na Série A. Prefiro acreditar, porém, num “freio” involuntário. Acho mesmo que desgaste provocou a queda de rendimento. Em alguns jogos os sinais de cansaço foram bem visíveis. Mas é preciso superar com rotatividade.
No jogo de ida diante do Fluminense no Maracanã, aconteceu algo semelhante ao que houve no recente empate com o São Paulo no Morumbi. Vina, de virada, aos 32’ da fase final, desempatara (1 x 2) para o Ceará. Aos 45’, numa bobeira geral da defesa do Ceará, Danilo empatou para o Fluminense.
Pílulas
Ferroviário, campeão da Copa Fares Lopes. Mérito para Francisco Diá e seus comandados. Icasa soube valorizar a vitória do Ferrão. Dois momentos importantes: a conquista coral que garante vaga na Copa do Brasil e o ressurgimento de Icasa, após seguidos anos de decepção.