O encanto de um time encantador

O Flamengo. Como está jogando bonito. A goleada aplicada no Grêmio (5 x 0) já poderia ter acontecido no jogo de ida, tal a superioridade rubro-negra. O Flamengo atual lembra as grandes formações da história. A do tricampeonato de 1955: Chamorro, Tomires e Pavão; Servílio, Dequinha e Jordan; Joel, Evaristo, Duca, Dida e Zagalo. O Flamengo de 1981, campeão do mundo: Raul, Leandro, Marinho (Figueiredo), Mozer e Junior; Andrade, Adílio e Zico; Tita, Nunes e Lico. A atual geração volta a jogar com o brilho, a graça e a arte do futebol brasileiro. Um ressuscitar do futebol que encantou e encanta o mundo. O português Pedro Alvares Cabral descobriu o Brasil. O Português Jorge Jesus redescobriu o futebol brasileiro. Devolveu a beleza aos gramados. E põe em campo variações que lembram outros times igualmente famosos como, por exemplo, o Cruzeiro de 1966, campeão da Taça Brasil, quando na final goleou o Santos de Pelé por 6 a 2: Raul, Neco, Pedro Paulo, William e Procópio; Piazza e Dirceu Lopes; Natal, Evaldo, Tostão e Hilton Oliveira. O Flamengo de hoje pode também entrar para a história como um dos grandes de todos os tempos.

Deu música

O Flamengo campeão de 1955 inspirou Wilson Batista que compôs um samba que fez muito sucesso: Flamengo joga amanhã eu vou pra lá/ Vai haver mais um baile no Maracanã/ O mais querido tem Rubens, Dequinha e Pavão/ Eu já rezei pra São Jorge/ Pro mengo ser campeão/ Pode chover, pode o sol me queimar/ Que eu vou pra ver/A charanga do Jaime tocar/Flamengo! Flamengo! Tua glória é lutar / Quando o Mengo perde/ Eu não quero almoçar /Eu não quero jantar.

Atual

A formação que desfila pelos gramados brasileiros vem jogando por música, sob o comando do maestro Jorge Jesus. A partitura é bem lida por todo o elenco: Diego Alves, Rafinha, Rodrigo Caio, Pablo Marí e Felipe Luís; Willian Arão, Gerson, Everton Ribeiro e Arrascaeta; Bruno Henrique e Gabriel. Timaço.

Grande final

O River Plate pelo caminho. Santiago, ao olhar dos Andes, Estádio Nacional, onde o Brasil sagrou-se bicampeão mundial em 1962. Um cenário belíssimo para uma decisão histórica. Os argentinos são sempre muito perigosos. Cuidado.

Ótimas chances de subida para Bragantino, Sport, Atlético e Coritiba. O América-MG está fora da zona de classificação, mas com boas chances, pois tem o mesmo número de pontos do Coritiba (44). O Vitória tem os dois artilheiros: Hernane (14 gols) e Guilherme (13). Mesmo assim está a dois pontos da zona maldita.

Queda livre para Figueirense, Vila Nova, Criciúma e São Bento, que estão na zona de rebaixamento da Série B. Podem cair para a Série C, onde há choros e ranger de dentes. Criciúma já esteve na Série A nacional. O Vitória da Bahia é o primeiro fora da zona, mas corre risco de cair para a Série C. Que coisa!