O árbitro decidiu pela vitória do Flamengo

Frustração entre os tricolores. Fizera um primeiro tempo surpreendente, com Nenê Bonilha e Marlon realizando ótimo trabalho. Aliás, de Bonilha a melhor oportunidade de gol em cobrança de falta que obrigou Diego Alves a fazer notável defesa. Na fase final, o Leão abriu vantagem, gol de Bruno Melo que converteu pênalti, cometido por Marí. Até aí tudo dentro dos conformes. A partir dos 34 minutos da fase final, entra em cena o árbitro Paulo Roberto Junior. Recomendado pelo VAR, resolve paralisar o jogo para rever um lance que há muito ficara para trás. Aí marcou um pênalti, não levando em conta que Quintero estava de costas. Grave erro. E daí o gol de empate do Flamengo. O pior estava por vir. Quatro minutos após Edinho perder a chance de desempate para o Leão, um duro castigo. Mais uma vez um lance confuso define situação favorável ao Flamengo. Havia duas bolas em campo. Mesmo assim o senhor Paulo Roberto deixou o lance seguir. Numa jogada ensaiada, o Flamengo chega ao segundo gol. Decididamente frustração maior não poderia haver. Uma vitória injusta do Flamengo. Um empate retrataria melhor o que houve na partida.

Oportunidade

Bergson no ataque do Ceará. Terá outra oportunidade quem saiu das vaias para o aplauso e transformou protesto em alegria. Deu a vitória e tornou-se o centro das atenções. A torcida ainda o olhará com desconfiança mas, a favor dele, o crédito de um triunfo construído com o gol que marcou.

Última bola

O problema do Ceará, segundo a opinião geral, era a ansiedade pelo jejum de gols. Daí, a terrível dificuldade na última bola. O time trabalhava bem até a penúltima bola, mas a afobação geral levava ao desperdício todas as conclusões. Agora, aliviadas as tensões, presume-se que haverá serenidade na hora das finalizações. Daí, como consequência, a esperança na feitura de gols de que tanto o Ceará precisa.

Desempenho

O Santos não perde há cinco jogos. Mas, antes disso, tomou goleada em casa, na Vila Belmiro, local do jogo de hoje. O Grêmio foi lá e aplicou (0 x 3) no time Santista. Foi também na Vila que o Fortaleza reagiu e empatou com o Santos, após estar perdendo por 3 a 0. O técnico Sampaoli é adepto do 4-3-3 flexível. E é assim que enfrentará o Vozão amanhã.

No momento certo, o retorno de Luís Otávio. Ele dá tranquilidade ao sistema defensivo do Ceará. Aliás, tudo o que o Vozão precisa neste instante em que vai para desafios definidores. Hoje, o Santos na Vila Belmiro; segunda-feira, o Bahia no Pituaçu. Depois, Vasco aqui; Fluminense, aqui também; Palmeiras, fora. Já se vê quão difícil a jornada desses próximos cinco jogo.

Se o atacante Juninho Quixadá suportar, pelo menos, 60 minutos num ritmo normal, as possibilidades ofensivas do Ceará serão muito ampliadas. A dúvida está exatamente quanto ao tempo. Juninho é diferenciado no toque, na forma simples de tirar do lance seus marcadores. Juninho simplifica o que os outros complicam. Fora de série mesmo.