Amanhã, na cidade de Santa Maria de Belém do Grão Pará, a Seleção Brasileira inicia a sua caminhada rumo à Copa do Mundo de 2026. Quando a CBF anunciou a convocação dos atletas, logo surgiu o nome de Neymar. Aí vieram variadas opiniões. Críticas de gente considerada celebridade nos meios de comunicação. Alguns contra a presença. Outros a favor. É natural. O mundo das badalações, que Neymar gosta de frequentar, gera muitas manifestações desfavoráveis.
Não há como separar o Neymar jogador, que deveria ser mais reservado, do Neymar que aparece no mundo das estrelas. Quem é melhor do que Neymar no futebol brasileiro? Se tiver alguém melhor que ele, ainda deve estar escondido em algum campo de várzea à espera de ser descoberto. Há bons jogadores nos grandes times da Série A, ou seja, no Botafogo, no Flamengo, no Palmeiras, no Atlético... É fato. Mas há alguém melhor que Neymar, craque como Neymar, diferenciado como Neymar? Não vejo. Não conheço. Não ouvi falar. Tenho a impressão de que, quem critica a convocação de Neymar quer mesmo, de alguma forma, aparecer. Fernando Diniz acertou quando convocou Neymar.
Estreia
O técnico Fernando Diniz vai estrear no comando da Seleção Brasileira. É incômoda a situação criada pelo presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, que anunciou a vinda de Ancelotti para assumir o comando da Canarinho em 2024. Nunca vi isso na minha vida. Gostaria de ver Diniz, não como um técnico interino, mas como técnico definitivo para a Copa de 2026. A presente situação é estranha.
Minha visão
Quero acreditar que só mesmo a vaidade de Diniz o fez aceitar um tipo de contratação tão esdrúxula como essa. Se Fernando Diniz tivesse tido um pouco de paciência, mais cedo ou mais tarde ele teria a oportunidade de comandar a Seleção Brasileira na qualidade de técnico definitivo. Volto a dizer: entendo como desconfortável a situação para Diniz.
A visão dele
Pode ser que Fernando Diniz pense diferente. E até se sinta bem e à vontade no cargo de treinador interino. Pode entender que a oportunidade representa um investimento na sua carreira. Entra para o seu currículo. E tem mais: se conseguir fazer um bom trabalho, colherá os frutos e abrirá espaços para futura contratação definitiva.
Transição
Após o fracasso de Tite na Copa do Mundo do Catar, a CBF decidiu trazer Carlo Michelangelo Ancelotti Cavaliere. Aceitou todas as esnobações do treinador italiano. Então vem aí a comissão técnica estrangeira. Vale lembrar que, no futebol feminino, a CBF quebrou a cara com a técnica sueca Pia Mariane Sundhaje. Na recente Copa do Mundo, não passou sequer da fase de grupos.
Conclusão
Não sou contra a vinda de técnico de fora. Só não vejo necessidade desse modismo. Venho de Vicente Feola, Aymoré Moreira, Zagallo, Parreira e Luiz Felipe Scolari, técnicos campeões no mundo. Mas agora a CBF entendeu que não há treinador no Brasil capaz de comandar definitivamente a Canarinho. Aceitou apenas um interino. Queira Deus que eu esteja errado. Vida que segue.