Meio século de futebol, shows e emoções

Leia a coluna de Tom Barros

Legenda: Arena Castelão completa 50 anos
Foto: Arquivo SVM

Estádio Olímpico Plácido Castelo. No dia 11 de novembro de 1973, dia da inauguração, era assim denominado. Havia uma bela pista olímpica. Apesar de ter apenas dois lances de arquibancadas concluídos nas laterais do campo, a capacidade era para 70 mil pessoas. 

Anos depois, quando concluídos os anéis inferior e superior, a capacidade foi ampliada para 110 mil torcedores. Entretanto, no jogo Brasil x Uruguai, houve registro de mais de 118 mil torcedores pagantes. 

Os tempos mudaram. O Castelão mudou. Ganhou padrão Fifa, mas diminuiu de tamanho. A pista olímpica foi extinta. O estádio foi modernizado, mas teve reduzida a sua capacidade para 63 mil torcedores. 

Neste meio século, muitos fatos marcantes. Pelé desfilou ali seu talento. O papa João Paulo II esteve lá. Paul MaCartney cantou para uma multidão. O Castelão foi palco de jogos da Copa do Mundo 2014. Geraldino Saravá é o seu maior artilheiro (98 gols). 

Estava certo o saudoso comentarista Paulino Rocha. No discurso inaugural das transmissões da Verdinha direto do Castelão, ele saudou a obra como um novo tempo. Realmente, o futebol cearense está dividido em duas partes: antes e depois do Castelão.   

HOMENAGEM

Nestes 50 anos do Castelão, justas lembranças e homenagens a três homens que tiveram relevante papel na construção do Castelão: o ex-governador Plácido Castelo, o saudoso ex-deputado estadual Aldenor Nunes Freire, o Capotinho, e o cronista Paulino Rocha. Sem os três, a obra não teria saído do papel.   

CAPOTINHO

Aldenor Nunes Freire, apelidado de Capotinho, tinha sido goleiro do Peñarol, Ferroviário e Ceará. Após destacar-se como atleta, ingressou na política, onde teve o reconhecimento público, eleito várias vezes deputado estadual. Como parlamentar, desempenhou papel importante na defesa da construção do Castelão. Um nome para ser lembrado, sim, nestas bodas de ouro do Castelão.  

ARTILHEIRO

Geraldino, com 98 gols, é o maior artilheiro da história do Castelão. Atuou no Ceará, Ferroviário, Fortaleza, Icasa e Guarany de Sobral. Ele é também artilheiro maior do Romeirão, com 72 gols. Geraldino mora em Juazeiro do Norte. Foi também técnico do Icasa, campeão estadual de 1992, ano da famosa proclamação de quatro campeões: Fortaleza, Ceará, Icasa e Tiradentes.   

PLACA

O executivo de futebol, Jurandir Junior, é o único profissional que, nestes 50 anos de Castelão, na sua função, atuou no Ceará, Fortaleza e Ferroviário. E, como executivo, foi campeão cearense pelos três. Também teve acesso com os três grandes em campeonatos brasileiros: Fortaleza em 2002, Ceará em 2009 e Ferroviário em 2018. Por isso, recebeu justa homenagem da FCF. Parabéns.  

COPA DO MUNDO

Na última reforma do Castelão, a que o preparou para a Copa do Mundo de 2014, deve-se destacar o trabalho do então Secretário da Copa, Ferruccio Feitosa. Ele teve papel importante na manutenção do cronograma. Por isso mesmo, conseguiu algo inédito: foi o primeiro estádio no Brasil a ser entregue pronto, antes do prazo marcado, bem antes da Copa. Um trabalho notável.