O choro dos que perdem
O Flamengo tem o direito de espernear, mas não tem o direito de desviar para a arbitragem a culpa de sua eliminação. Vanderley Luxemburgo fez do senhor Sandro Meira Ricci bode expiatório. Viu equívocos cometidos contra o Flamengo, mas não viu o pênalti claro em Washington a favor do Ceará. Cadê a isenção? Lembrei agora do narrador do Sportv no primeiro jogo no Rio. Ele citou sugestão da torcida carioca que queria unificar o título de campeão carioca com o de que campeão cearense, pois o Flamengo já batera no Fortaleza e no Horizonte. Para surpresa dele e da torcida flamenguista, o Ceará ganhou no Engenhão (1 x 2). Como empatou aqui, veio o troco: a torcida alvinegra sugere unificação dos títulos cearense e carioca, já que o Vovô ganhou do campeão do Rio. Gracejo assim não ofende, mesmo diante do choro dos que perderam.
Importância
Osvaldo mudou para melhor a produção do Ceará, levando-o ao empate e à classificação no jogo diante do Flamengo. Participou dos lances que resultaram nos gols de Washington e ainda criou situações difíceis para a defesa do Flamengo. Pode continuar como opção, mas se Vágner Mancini quiser seu time mais agudo, incisivo mesmo, o nome é Osvaldo. Pergunto: se tivesse entrado de início com Osvaldo, teria passado o sufoco que passou, sem dar uma resposta? Acho que não.
Mandante
O primeiro jogo do Ceará na semifinal, contra o Coritiba, será no PV. Síntese: a decisão da vaga ficará para o Estádio Couto Pereira. Curiosidade: na Copa do Brasil de 1994, quando o alvinegro foi vice-campeão, o Ceará teve o mando de campo em todos os jogos. Portanto, decidiu a vaga sempre no jogo de volta, na casa do adversário. Foi assim diante do Campinense, Palmeiras/SP, Internacional de Porto Alegre, Linhares/ES e Grêmio. Neste último caso, perdeu a Copa para o Grêmio por 1 a 0, num jogo que entrou para a história em razão do grave erro do então árbitro Roberto Godói. Sob o comando de Dimas Filgueiras, usou o gol na casa do adversário no segundo jogo como arma mortal. E deu certo.
Visão do aniversariante
Dimas Filgueiras aniversaria hoje. Parabéns, amigo. Novamente você acertou. Quando técnico do Vovô, Dimas manteve Washington no grupo, mesmo quando o atacante passava por fase muito ruim. Sempre defendeu a importância de Washington, que, além de fazer gols, combate. Contra o Flamengo, Washington provou que Dimas tinha razão. E Mancini, também.
Notas & notas
Em alta: goleiro Fernando Henrique, numa fase excelente. Sua atuação nos dois jogos contra o Flamengo calaram a boca de boa parte dos cronistas cariocas que sempre fizeram restrições ao trabalho de Fernando na época em que atuava no Fluminense. /// Eusébio está entrando sempre muito bem nas substituições feitas por Mancini. Ganhou mais confiança, mostra-se seguro, muito bom. E também está concluindo em tiros longos. Ótimo.
Bairro certo
Alô, Iran! Respondo à pergunta que me foi feita: o PV está mesmo situado no bairro Gentilândia, que alguns teimam em chamar de Benfica. Lei, de iniciativa do ex-vereador Narcílio Andrade, aprovada pela Câmara e sancionada pelo ex-prefeito Juraci Magalhães, reconhece o bairro Gentilândia. Falta apenas a regulamentação. O Benfica é um bairro muito maior. A Gentilândia é pequena, com característica bem familiar e residencial.
Recordando
Torcedores do Ferroviário. Escritora Rachel de Queiroz e o delegado da Polícia Civil Aurélio Araújo, hoje titular do 19º DP (Conjunto Esperança). Foto batida no aniversário dela em 1997, em Quixadá. Aurélio era delegado em Quixadá. Rachel então pediu que Aurélio divulgasse esta mensagem: "Nunca desistam de torcer, nunca abandonam seu time, mesmo nas situações mais difíceis".