Matéria-955413

Legenda: Zé Augusto
Foto:
Questão de brio mesmo

O Ceará tem hoje dupla missão: garantir a vaga para a etapa seguinte da Copa do Brasil e provar que é questão de brio a retomada do belo futebol, que anda sumido. Não há necessidade de mudanças no time base do Ceará. Há necessidade, sim, de compromisso e cumplicidade de todos os integrantes. O Brasiliense, adversário de hoje, tem limitações. Isso ficou provado em Brasília. Mas no elenco dispõe de bons jogadores como Ferrugem, que deu muito trabalho ao Ceará no primeiro jogo, e Fabiano Gadelha. A zaga do Ceará, que andou falhando feio no gol de Tatu do Fortaleza, deve ficar atenta ao atacante Bebeto. Há razões para atenção desdobrada na marcação. Motivo simples: para cada gol que o Brasiliense venha a marcar, o Ceará terá de assinalar dois. Repito: pelas atuais circunstâncias, a classificação alvinegra virou questão de brio.

Desafio


O Horizonte tem missão delicada em Campinas/SP. Hoje o técnico do Guarani, Vilson Tadei, tem todo o elenco à disposição. Porá em ação o que há de melhor como goleiro Emerson, os laterais Chiquinho e Carlinhos, o zagueiro Ailson, os atacantes Fabinho e Marcos Denner e o meia Jefferson Luís. Taí duro desafio para Valter, Elanardo, Jack Chan, Júnior Cearense, Cristiano, Siloé, Lúcio Maranhão e companhia. Tudo é possível.

Ninguém segura o Zé

Um dos motivos de sucesso Guarani de Juazeiro é a presença do meia Zé Augusto. Muito do ritmo do Leão do Mercado é ditado por esse atleta que não raro faz a diferença. Claro que o conjunto alcançado pelo time comandado por Júlio Araújo tem peso maior. Entretanto, a contribuição individual do Zé ganha aspecto especial porque muitas vezes ele exerce liderança imprescindível ao êxito da equipe. Quando ele supera alguns problemas de ordem física, ninguém o segura.

Pontos especiais

O ataque do Ceará é uma preocupação permanente. Jamais Washington, Nicácio e Júnior consolidaram no alvinegro a imagem do homem certo no lugar certo. Quem se houve melhor em alguns momentos foi Júnior porque mais habilidoso. Mas em termos de conclusão, Júnior não alcançou o ponto ideal. Há Osvaldo como opção. Sempre que entra, cria embaraços aos marcadores. Mas, quando lançado de início, teve problemas de contusão. O incrível é que são jogadores reconhecidos como bons finalizadores. Não sei o que os trava ou os impede de apresentar melhor produção. Se o Ceará não resolver essa parte, terá dificuldade.

Recordando

Pedrinho, ex-lateral-direito, foi campeão pelo Calouros do Ar em 1955. Na década de 1960, alcançou seu melhor momento. Pedrinho jogou também no Ferroviário. Hoje, aos 79 anos de idade, aposentado, viúvo, sem filhos, Pedrinho mora em Aerolândia. Na foto ao lado, recente, a partir da esquerda: Pedrinho, Jurandy Neves e o Wambar Menescal, eterno apaixonado pelo Calouros.

Alegria continuada

O gol de Tatu, que deu a vitória do Fortaleza sobre o Ceará, continua rendendo homenagens ao atacante tricolor. Interessante: Tatu é tímido quando se trata de entrevista. Ele faz de tudo para evitar câmeras de televisão. Ainda assim, a torcida do Fortaleza pediu à produção do Debate Bola (TV Diário) a presença de Tatu. Mas, pelo visto, está difícil a presença dele.