Matéria-947222

Legenda: Guto
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Competente "Time B" do Leão

Águas de março. Bonito o cenário do interior verdinho, com a paisagem do Perilão, tendo ao fundo as serras da região. Mas no futebol as águas atrapalham. Ainda assim ficou a bela lição: o Fortaleza também tem "Time B" competente, mesmo diante de adversidades. Nada de tática. Valeram no tricolor coração e regras básicas como bolas altas. Bola rasteira em campo encharcado é erro crasso. No Leão, Eduardo não é esperança, é realidade. Tatu é força física, coragem. Vinícius é mais leve, mas com paciência também se firmará. No Itapipoca, o brio Fred e a boa qualidade de Renatinho. Este obrigou Fábio Lima a praticar duas defesas espetaculares. A resposta tricolor não tardou: Eduardo fez 3 x 0. Na fase final, Leão administrou resultado. Ampliou com Cleiton (4 a 0) e cuidou de fazer experiências. O Time B colocou o Fortaleza na liderança.

O melhor

Guto foi quem mais soube usar os fundamentos adequados ao jogo em gramado cheio de poças d´água. Perfeito na cobrança de escanteio que resultou no gol de Rodrigo (Fortaleza, 1 a 0). Mais perfeito ainda ao experimentar chute forte de fora da área, aproveitando a dificuldade que os goleiros têm em pegar bolas molhadas. Assim fez Fortaleza 2 a 0. E observem que essas jogadas aconteceram exatamente quando chovia muito forte e ainda havia indefinição. Guto, o melhor.

Observações

O goleiro Fábio Lima teve importante participação, máxime quando o jogo estava confuso em razão de água demais no gramado. Fez defesas espetaculares. /// O Ita teve boa chance com Adriano, de cabeça. Num outro momento, Adriano foi prejudicado pela água. /// Eduardo, ao driblar em fila defensores do Itapipoca, foi autor do lance mais bonito do jogo. Mas também a água o prejudicou. /// Lição para o jovem Régis: jamais aceitar provocações. Sai de perto. O time estava ganhando fácil, amigo. /// O pênalti em Maiquel a favor do Fortaleza foi visível. O árbitro Cleuton Lima não marcou. Errou. No mais, foi bem. /// O gol de Rodrigo, pelas circunstâncias, deixou sereno o Leão e abriu o caminho.

Foco na Copa do Brasil

O atacante Osvaldo, do Ceará, há demonstrado competência. Na decisão do turno, dele o gol do título alvinegro. Sábado, fez o mais lindo lance da partida, além do gol que estabeleceu Ceará 4 a 2 e neutralizou de vez o então forte poder de reação do Horizonte. Hora de Dimas Filgueiras repensar a utilização desse jogador já na Copa do Brasil, quarta.

Reação coral

Mais uma vitória apertada do Ferroviário: 2 a 1 no Quixadá, gol de Gladstone, de pênalti, na reta final. O técnico Paulo Maurício reclamou da marcação da arbitragem. Interpretei como pênalti, sim, em Juranilson. Mas como vi o lance de forma muito rápida, voltarei ao assunto amanhã. /// A rigor, importante os seis pontos. Mas o padrão ainda não dá tranquilidade. Daí a luta de Filinto Holanda em busca de ajustes. Há esperanças de melhora com reforços.

A rodada

Guarani (J) dá sinais de que repetirá a boa campanha do primeiro turno (1 a 0 no Limoeiro). Niel retoma a artilharia isolada. /// Com Icasa 2 x 1 Guarany/S, os dois estão iguais em tudo: número de vitória, empate, gols pró (3) e contra (3). Saldo zero. /// Jefferson, do Horizonte, reclamou muito da arbitragem. Disse que Washington ajeitou a bola com o braço quando fez o gol de desempate do Ceará. Acho que foi normal, mas vou rever o lance.

Recordando

Time do Icasa no início da década de 1970. A partir da esquerda (em pé): Zé Antonio, Pirajá, Nena, Zé Quinto, Célio, Tangerina e o técnico Daniel Tavares, que morreu no sábado, 5 de março. Na mesma ordem (agachados): Manuelzinho, Zé Gerardo, Dote, Luís Francisco, Zé Nilo e o massagista Maurício. (Colaboração do comentarista Wilton Bezerra, que lamentou muito a morte do amigo Daniel Tavares).