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Recado aos descrentes

O Fortaleza prega peças na sua própria torcida. São jornadas memoráveis, eivados de raça como nos tempos "daquelas camisas". O episódio épico no qual ganhou do Fast de Manaus (4 x 1) foi apenas mais um dentre tantos exemplos de bravura em situações quase irreversíveis. Em 2010, o Fortaleza estava perdendo do Guarany por 4 a 1 na final do primeiro turno. Boa parte de sua torcida começou a deixar o Castelão. Foi embora. Não viu a monumental reação que levou o Fortaleza ao empate e à conquista do turno nos pênaltis. Diante do Fast, quando o time amazonense empatou (1 x 1), boa parte da torcida também foi embora. Não viu a reação e a notável vitória tricolor. Recado aos descrentes: por pior que seja a situação do Fortaleza, não deixem o estádio antes de o jogo terminar, pois, quando se trata do Fortaleza, tudo será possível.

Convidado especial

Evandro Nogueira tem uma das mais belas vozes do rádio brasileiro. Destaque da Verdinha 810 nas manhãs de domingo, ele também trabalhou como repórter esportivo, inclusive cobrindo o GP Brasil de Fórmula 1 ao lado do saudoso Sérgio Moura. Evandro é um dos meus convidados para o Debate Bola de domingo próximo na TV Diário. Ele está muito atento à decisão do primeiro turno do Campeonato Cearense. Sua abalizada opinião será muito importante.

Profissionalismo

O Ceará segue como uma máquina. Tudo pesado, medido, cronometrado: tempo, dinheiro, custos, viagens, resultados. Sem alarde, projetou evitar o jogo de volta com o Cuiabá. Evitou. Despachou o adversário no primeiro jogo. Agora concentra atenções para enfrentar o Horizonte na semifinal cearense. E respeitará o Horizonte de Roberto Carlos como se pela frente tivesse um poderoso Corinthians. É ordem: nada de subestimar o concorrente. Uma das vantagens alvinegras é ter no elenco jogadores como Geraldo, Michel e Iarley acostumados às grandes decisões. Exemplo maior: Iarley ganhou duas finais do Mundial de Clubes. Jogadores assim, serenos, frios, são exemplo de profissionalismo.

Sete da terrinha

Reginaldo Júnior comemora. E tem razão. Seus dois gols e a classificação diante do Fast colocaram-no nos braços da galera. Aliás, não apenas ele, mas também a nova geração forjada no Pici. Afinal, o tricolor terminou o jogo com sete jogadores feitos nas bases: Gilmak, Guto, Régis, Bismarck, Reginaldo Júnior, Vinícius e Leandro. E um técnico cearense: Flávio Araújo.

Notas & notas

O desportista Cícero Everardo, torce pelo Icasa porque nasceu em Juazeiro. E torce pelo Fortaleza por pura paixão. Ele faz festa hoje porque aniversaria e também pela classificação tricolor. Parabéns, Cícero. /// O Estádio Presidente Vargas está ficando lindo mesmo. Como gostaria de ver o torcedor colaborando para conservá-lo bonito assim. Um pacto poderia ser firmado com as torcidas organizadas. Será ótimo se delas partir o exemplo.

Três embalos

A classificação do Horizonte motivou ainda mais os jogos semifinais. O time de Roberto Carlos ganhou força moral para enfrentar o Ceará, máxime pela forma contundente com que despachou o Asa de Arapiraca. Observem a eficiência horizontina, que marcou seis gols em duas partidas. Ressalte-se nisso tudo a importância de Júnior Cearense cujo futebol no Horizonte assume dimensões superiores, só comparável mesmo aos craques consagrados.

Recordando

1964. Uma das grandes formações do Guarani de Juazeiro do Norte. A partir da esquerda (em pé): Chiute, Valdir, Pitaguari, Mormaço, Borracha e Gonçalo. Na mesma ordem (agachados): Tetéu, Índio, Alexandre, Anduiá, Chagas e Daniel. Nessa época, o futebol juazeirense era disputado no velho Estádio da Liga Desportiva Juazeirense, hoje local de um conjunto residencial.