Matéria-929013

Diferenças extremas

O clássico Ceará x Ferroviário, amanhã, apresenta duas situações bem diferentes. De um lado, pleno de confiança pela bela campanha, o Ceará; do outro, cheio de desconfiança, o Ferroviário. O alvinegro, na parte alta da classificação; o tricolor da Barra, na zona de rebaixamento.

Um ajustado, inclusive com o direito de usar o “poupa ganha” do time misto; o outro sem nadaa para poupar. Assim mesmo se trata de um clássico. Então se admite a possibilidade de tudo, inclusive de vitória coral. Pelo elenco, o Ceará é o favorito; o Ferroviário, no caso, passa a representar o oposto.

A graça do futebol está exatamente nas surpresas que podem mandar a lógica para o espaço. Por isso mesmo um clássico, ainda que com diferenças extremas, não permite antecipar ganhador. Quando muito se admite a indicação de um favorito. Tão somente.

Espanta crise

Quando falei com o presidente do Ferroviário, Luiz Neto, ele foi incisivo: “Ainda acredito na recuperação coral”. Depois disso houve a derrota para o Guarany. A parceria já padece contestações, até porque negociou jogadores para o exterior, quando o time precisa de reforços.

O Ferrão agora quer ganhar o clássico para espantar a crise. O que mais espanta crise é mesmo vitória num clássico, máxime se diante do Ceará. Mas, por tudo que foi dito, é muito difícil, não impossível.

Caminhos inversos

Hoje, Fortaleza e Guarany de Sobral fazem o outro jogo mais importante da rodada porque envolve dois do G-4. Os dois, nos últimos quatro jogos, tomaram caminhos inversos: o Guarany de Sobral ganhou todos os jogos; o Fortaleza não ganhou um sequer.

O Guará bateu no Itapipoca (4 x 0), no Tiradentes (1 x 0), no Horizonte (3 x 1) e no Ferroviário (2 x 1). O Bugre somou 12 pontos seguidos. O Fortaleza empatou com Limoeiro (2 x 2), Guarani de Juazeiro (2 x 2) e Horizonte (0 x 0).

E perdeu para o Ceará (1 x 2). O Guarany cresceu; o Fortaleza estancou. Mas no Pici as condições são favoráveis ao Leão e a pressão será forte, até porque Guarani de Juazeiro e Itapipoca também estão chegando.

Reverência ao artilheiro

Niel, sete gols. Esse atacante do Guarani de Juazeiro chama para si a atenção de todos, não apenas pelos belos e importantes gols que marcou, mas pela desenvoltura que alcançou no Leão do Mercado. Niel (Emanuel Uchoa Fernandes) está muito bem. Não sei a razão por que ele não deu certo no Fortaleza que está precisando de atacante. É inexplicável.

Faz muito tempo

Há 19 anos o Brasil não ganha da França. De 1997 a 2006, cinco jogos (três vitórias dos franceses e dois empates). Nossa última vitória foi em agosto de 1992. O Brasil ganhou (2 x 0) um amistoso disputado no Parc des Princes).

Já no Stade de France, em Saint Dennis, o Brasil atuou quatro vezes (uma vitória, um empate e duas derrotas) entre 1998 e 2004. (Pesquisa feita pelo escritor especialista em Seleção Brasileira, Airton Fontenele).