Matéria-926075

Maturidade alvinegra venceu

Clássico com duas etapas distintas. No primeiro tempo, Fortaleza exerceu o controle do jogo. Os alas Ranieri e Guto em cima. Léo Andrade e Guto desperdiçaram boas chances para marcar. Ceará confuso. A meia-cancha sem municiar Júnior e Iarley. Boiadeiro e Vicente bloqueados. Mas o Fortaleza não soube transformar em gol sua melhor postura tática. Na fase final, o Ceará voltou melhor. A entrada de Nicácio e Sérgio Mota fez o alvinegro dono das ações. Os alas Vicente João Marcos insinuaram-se bem. O Ceará envolveu o tricolor. E esse predomínio foi traduzido no gol de Iarley, seguido do gol de Geraldo. Por pouco Iarley não fez o terceiro. Quando Tatu diminuiu o placar, a exiguidade de tempo não mais permitiu reação contundente. Ficou nisso. O Ceará mostrou-se um time maduro, frio e preparado para contornar dificuldades. Mereceu vencer.

Sempre ele

Esquema montado. Tatu no banco. Fase final do clássico: Tatu em campo. Reta final do jogo, últimos minutos: golaço de Tatu (2 x 1). Está provado: Tatu é atacante presença forte nos grandes clássicos. Sempre foi assim. Pode não ser refinado no trato com a bola, mas é o tipo do jogador que tem personalidade para encarar desafios e situações desfavoráveis. O cenário havia sido preparado para Léo Andrade. Mas as circunstâncias conduziram Tatu ao golaço que marcou.

Observações

Quando João Marcos passou a fazer a ala direita do Ceará e Sérgio Mota entrou, o alvinegro assumiu o controle no setor. E findou aí a facilidade que Guto tivera no primeiro tempo. /// Quando Cleiton entrou no lugar de Ranieri o Fortaleza perdeu quem mais apoiara o ataque pela direita. Bismarck não deu continuidade ao que Ranieri fizera e Cleiton não rendeu bem. /// Luciano Henrique, que substituiu Klein, não conseguiu ainda o melhor do que sabe. Daí o Leão ter sido gradualmente envolvido pelo Ceará. /// Tatu fez e faz o que sabe: muita luta, participação e sua marca: o gol. /// O setor criativo do Leão ficou a mercê de Régis e Bismarck. Os dois até trabalharam bem no primeiro tempo. Depois, nada.

Tranquilidade imperturbável

Na área ou nas proximidades dela, Iarley é um perigo permanente. Dele o gol que abriu o caminho para a vitória do Ceará. Imperturbável seu equilíbrio emocional quando dominou a bola ante os defensores do Leão. O toque perfeito, no canto. Verdade que a bola passada por Sérgio Mota foi na medida, mas a frieza de Iarley na finalização fez a diferença.

Drama coral

O técnico Mirandinha, com o adiamento do jogo diante do Icasa para o dia 17 de fevereiro, ganhou um tempo a mais para tentar organizar sua equipe, que faz pífia campanha. Tem até quarta-feira para pôr em ordem a casa, pois nesse dia já terá de enfrentar o Guarany no Junco em Sobral. Até agora, em cinco jogos, o Ferrão conseguiu apenas uma vitória (2 a 1 sobre o Quixadá). No mais, foram três derrotas e um empate. Sofre grande pressão.

Notas & notas

Victor Cearense, meia do Limoeiro, marcou, sábado passado, o primeiro gol olímpico do "Cearense 2011", na vitória (3 x 1) sobre o Itapipoca no Bandeirão. Victor teve bela atuação. /// A professora Ticiane tem comandado com muito profissionalismo o programa Academia na Comunidade (Gentilândia e Benfica). Do programa constam aulas de ginástica, caminhada, avaliação física e nutricional. Iniciativa da Secel (Prefeitura Municipal de Fortaleza).

Recordando

Agosto de 1998. A partir da esquerda: sentado, Nilton Santos (lateral-esquerdo bicampeão mundial pelo Brasil nas Copas de 1958 na Suécia e 1962 no Chile); em pé: Gilvan Dias (vitorioso ex-jogador, técnico e repórter esportivo), Aderbal Bezerra (radialista e jornalista) e Airton Fontenele, consagrado escritor e pesquisador do futebol brasileiro. (Do álbum de Aderbal Bezerra).