A sensação do campeonato
O Tiradentes passou vários anos na segunda divisão. O Tigre subiu no ano passado como vice-campeão. A campanha do time da Polícia Militar teve 60% de aproveitamento. O reflexo positivo desse trabalho está repercutindo agora. O ala esquerda Neilton vem crescendo muito de produção. A meia-cancha é bem consciente com Garrinchinha, Dedé, Pedro e Ribinha.
O ataque tem Cleiton em destaque, mas seu companheiro Danúbio também é muito bom. O Tigre já enfrentou três times grandes. Perdeu apenas para o Fortaleza no Pici (2 a 1), mas assim mesmo deu enorme trabalho. Bateu no Icasa dentro do Romeirão (1 x 2) e aplicou sonora goleada no Ferroviário (4 x 1).
Também ganhou do Crato (3 x 2). Está a apenas um ponto de Fortaleza e Ceará. Não por acaso é a sensação do campeonato, superando os mais cotados Icasa e Guarany de Sobral.
De passagem
Preservar jogadores jovens é obrigação de qualquer treinador. Certamente Dimas terá conversa especial com Sinho, que foi sacado na metade do primeiro tempo contra o Quixadá. O caso requer habilidade. /// Treinador criticar a arbitragem é comum e aceitável. Mas desde que não queira transferir para o criticado erro que na verdade foi de seu comandado. Uma chamada no subordinado às vezes funciona melhor que um libelo contra o árbitro.
Questão de ritmo
Foi excelente a participação do atacante Iarley, do Ceará, no Debate Bola (TV Diário) de domingo. Ele disse que não houve soberba alvinegra diante do Quixadá. Segundo Iarley, houve falta de ritmo para melhor aproveitamento nas finalizações. "Os erros de conclusão diminuirão a cada jogo", disse. Ele acha que eu me equivoquei quando imaginei que houve presunção dos jogadores alvinegros. Eu até compreendi as colocações dele. E aceitei-as como procedentes.
Delicada situação
Marcos Gaúcho, que integra a nova gestão coral na qualidade de colaborador, compreende ainda possível a recuperação do Ferroviário. Ele foi chamado pelo técnico Mirandinha e passou sugestões em diversos aspectos, tanto no tocante à parte estrutural como também no que se refere à montagem do time.
Na Barra, há o convencimento de que reforços são necessários. Aliás, isso é muito visível. Problema agora é a luta contra o tempo. O time conseguiu apenas uma vitória e, assim mesmo, diante do modesto Quixadá. Levou uma enfiada do Tiradentes e não conseguiu jamais passar confiança à torcida. O projeto do Miranda terá, como já disse, que passar por acentuada correção de rumo.
Recordando
2002. Uma das formações do Fortaleza Esporte Clube. Em pé, a partir da esquerda, só os jogadores: Vinícius, Jefferson, Marcão, Erandir, Ronaldo Angelim e Edgar. Na mesma ordem (agachados): Dino, Sérgio, Juninho, Clodoaldo e Alisson. Faz seis anos que essa foto foi batida. No futebol cearense ainda continuam em ação o baixinho Clodoaldo e o goleiro Jefferson. (Acervo de Elcias Ferreira).
Cuidado com as precipitações
O zagueiro do Fortaleza, Antonio Menezes, é bom. Digo isso desde a época em que jogou no Ferroviário. Mas ele precisa corrigir senões que incomodam. Há dois jogos, num recuo precipitado, obrigou Fabiano a praticar espetacular defesa. Já no Bandeirão, ele furou feio ao, de bicicleta, tentar tirar uma bola na área tricolor. Resultado: Paloma fez o gol do Limoeiro.