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Situação superficial

Já é possível se ter uma ideia da proposta dos doze clubes. Não ainda de forma definitiva, mas com sinais indicativos do que cada um poderá almejar, caso não sofra significativas alterações. Uma espécie de visão geral. Claro que ainda falta muito. Tudo bem. Há que se oferecer tempo ao tempo para melhor avaliação. Os dois polos de maior desenvolvimento do Estado, Juazeiro do Norte e Sobral, alcançaram tão elevada projeção que seus clubes, nos prognósticos, foram apontados pela maioria da crônica esportiva como concorrentes ao título.

Já agora, pelos tropeços iniciais, Icasa e Guarany de Sobral terão de apresentar maior eficiência para uma retomada de confiança. Mas é fundamental que fique bem entendido: muita coisa ainda poderá mudar. Nada de confundir visão panorâmica com conclusão definitiva.

Alerta geral


A vitória do Limoeiro sobre o Horizonte surpreendeu-me. Explico: o Horizonte mantém basicamente o mesmo grupo que ganhou a vaga na Copa do Brasil. Já o Limoeiro, sob o comando de Mastrillo, começou a trabalhar muito depois. Mas, quando a bola rolou, a situação foi bem diferente. Paloma fez a festa. /// Decididamente, o Icasa implodiu neste começo de certame. Não há explicação para, em três jogos, duas derrotas no Romeirão.

Disputa interna

O ala Murilo, do Ceará, foi a exceção alvinegra no empate (1 x 1) com o Guarani de Juazeiro do Norte. Ele foi eficiente no apoio. No primeiro tempo, criou três claros momentos para finalização dos companheiros Luizinho e Washington. Na fase final, embora não tão eficiente quanto no primeiro tempo, manteve ainda boa produção. Embora a condição de titular seja de Boiadeiro, a disputa interna pela posição será boa. Isso forçará Boiadeiro a jogar muito mais ainda.

Recordando

1970. O então repórter Wilton Bezerra entrevista o zagueiro Darci Meneses, do Cruzeiro, quando da inauguração do estádio Romeirão. Foi nesse tempo que eu o conheci. O Cruzeiro enfrentou Fortaleza e Ferroviário. Ganhou os dois jogos por 3 a 0. Wilton comandava a equipe da Rádio Progresso. E fez contratações de impacto como Foguinho, Luiz Carlos de Lima e Carlos Alencar.

Motivo de esperança

O atacante Cleiton, do Tiradentes, tem todos os motivos para contemplar com otimismo a presente temporada. Após os problemas enfrentados no Fortaleza, ele encontrou no Tigre o apoio necessário para retomar a confiança de antes. E, pelo menos nestes jogos iniciais, há conseguido. Já marcou três gols de bela feitura. Um início bastante animador.

Peso pesado

A partir de agora, em vista também da pressão da torcida, o Ceará terá de usar o time principal. O grupo misto vinha ganhando, mas no limite. Foi assim na estreia (1 a 0 sofrido sobre o Limoeiro), assim no segundo jogo
(2 a 1 no Horizonte), até chegar à perda de ponto para o Guarani de Juazeiro. O elenco peso pesado da Série A não pode servir apenas de ornamentação: tem de ir à luta. De que adianta ter nas prateleiras, sem uso, boa mercadoria? Chegou o momento de mandar a combate Michel, João Marcos, Geraldo, Iarley, Osvaldo, Marcelo Nicácio, Sérgio Mota, Boiadeiro, enfim, o grupo capaz de fazer a diferença. E, claro, aproveitando os que tiveram bom rendimento no time misto.