Homenagem a Garrincha
Pouco se falou a respeito dos 77 anos de nascimento do inesquecível Mané Garrincha, data transcorrida na quinta-feira passada, 28 de outubro. Mané morreu em 1983 aos 50 anos. Eis o trecho final do texto "Mané e o Sonho", de Carlos Drummond de Andrade: "Se há um Deus que regula o futebol, esse Deus é sobretudo irônico e farsante, e Garrincha foi um de seus delegados incumbidos de zombar de tudo e de todos, nos estádios. Mas, como é também um Deus cruel, tirou do estonteante Garrincha a faculdade de perceber sua condição de agente divino. Foi um pobre e pequeno mortal que ajudou um país inteiro a sublimar suas tristezas. O pior é que as tristezas voltam, e não há outro Garrincha disponível. Precisa-se de um novo, que nos alimente o sonho". O texto de Drummond continua atualizado. Só que é impossível ter um outro Garrincha.
Transição tricolor
Renan Vieira, presidente do Fortaleza, assumiu louvável postura ao facilitar o processo de transição com os novos dirigentes tricolores. Se assim não fosse, comprometido ficaria o projeto Leão 2012. Afinal, o tricolor já estreará no Campeonato Cearense no dia 12 de janeiro, enfrentando o Tiradentes. Portanto, terá de arrumar a casa nestes dois meses que faltam para a nova temporada. O sentimento de recíproca ajuda está predominando. Isso é muito bom.
Novas gerações
Garrincha precisa ser mais visto pelas novas gerações. Pelé, porque está vivo, é alvo de badalações. Garrincha, porque morreu, fica quase esquecido. Daí Cristiano Santos, do Memofut, ter sugerido que a história de Mané seja realçada através de documentários e matérias que mostrem aos jovens os feitos extraordinários do notável ponta-direita brasileiro. Nos 70 anos de Pelé, recentemente, foi justa a série de homenagens ao Rei. Mas a crônica deveria resgatar também os lances geniais que o Mané protagonizou pelos gramados do mundo. No youtube há uma seleção de lances espetaculares. Mas o youtube fica restrito a quem tem computador. Garrincha é para ser reverenciado sempre.
Especialidades diferentes
Ídolos em posições opostas. Michel Alves com a função de impedir gols; Sérgio Alves ensina o que sempre fez: gols. Especialidades diferentes. Michel consolida sua imagem; Sérgio já tem sua imagem em faixas e bandeiras. Michel Alves, o melhor em campo, teve atuação impecável no empate (1 a 1) em Goiânia (1 a 1). Sérgio já parou de jogar, mas continua ídolo.
Notas & notas
De olho numa vaga na final da Série D, o Guarany de Sobral é o favorito logo mais no Junco diante do Araguaina. Basta um empate. Vanderlei e Danilo Pitbull em grande momento. Só mesmo uma zebra tirará a vaga do Bugre. /// Violência no lance em que Adriano, do Atlético/GO, tirou de campo o ala Vicente, do Ceará. E o árbitro PC Oliveira, bem perto, sequer deu cartão amarelo. Um absurdo. Resultado: Vicente fora, de dois a três meses.