Matéria-871321

Presidente coral

Há alguns anos havia disputa entre os que pretendiam assumir a presidência do Ferroviário. Propostas diversas eram avaliadas por ávidos conselheiros. Lembro de corais empolgados como o saudoso deputado Aquiles Peres Mota, que presidiu o clube durante bom período na década de 70. Como não citar também os bons tempos do entusiasmado dirigente Chateaubriand Arraes Leite? Coisa não tão longínqua, a passagem do vereador Carlos Mesquita, que também como presidente deu ao clube sua contribuição. Incrível: por falta de candidatos, foi impossível definir os rumos corais na assembleia geral acontecida no dia 18 passado. Quem diria que o Ferroviário passaria por vexame assim. Esperamos que hoje finalmente seja ungido o novo mandatário coral. O nome em voga é Luís Neto. Nele estão depositadas todas as esperanças corais.

Até quando?

As inquietações do Icasa continuam. Não raro, quando tem a vitória não mão, cede. Foi assim diante do São Caetano em São Paulo. Na fase final, o Icasa fez 1 a 0, mas permitiu virada relâmpago do São Caetano que marcou 1 a 1 aos 33 minutos e 2 a 1 aos 36 minutos. E diante do Guaratinguetá, também em São Paulo, o Verdão estava com a vitória certa. Mas cedeu o empate (1 a 1) aos 43 do segundo tempo. Pelo visto, Flávio Araújo terá dor de cabeça até o fim da competição.

Sem explicação

Por que um clube de tanta tradição como o Ferroviário chega a situação tão delicada? Tem torcida significativa, embora ande meio afastada, e o maior número de títulos estaduais, depois de Ceará e Fortaleza. O Ferroviário foi campeão cearense 9 vezes (1945, 1950, 1952, 1968, 1970, 1979, 1988, 1994/95 - bicampeão). E, talvez até mesmo boa parte da torcida coral desconheça, 19 vezes vice-campeão cearense. Portanto, disputou 28 finais. Do Ferroviário para a Seleção Brasileira principal, Mirandinha e Jardel. Não sei a razão por que, mesmo com um patrimônio como o da Barra (Vila Olímpica), tradição e títulos, vem o Ferrão padecendo o desinteresse de parte dos conselheiros novos e históricos.

Jogador se escala

Tenho dito, muitas vezes, que jogador também se escala. Caso de Reina. Vem entrando bem e mudando para melhor a produção do Ceará após a sua participação. Nesta altura, creio, o técnico Dimas Filgueiras deve estar estudando qual será a melhor maneira de utilizá-lo diante do São Paulo. Enquanto Dimas pensa, Reina vai fazendo a parte que lhe cabe.

Renovação

A posição do presidente do Fortaleza, Renan Vieira, que pregou abertura para novas lideranças, surtiu efeito. Nada de gente que já ocupou a presidência. A propósito, o cotado Paulo Arthur, que exerceu as funções de diretor financeiro na gestão Lúcio Bonfim, foi levado ao Fortaleza pelo próprio Renan. Segundo ele, Paulo é organizado, tem excelente formação moral e profissional, razão por que bem preparado para encarar desafios.

Notas & notas

Avaliação feita pelo pesquisador Airton Fontenele, especialista em Seleção Brasileira: "Levando em conta o que produziu na derrota do Milan para o Real Madrid (2 a 0), Ronaldinho Gaúcho não deveria ser convocado por Mano Menezes para a Canarinho". /// Ciel, cinco gols pelo Asa nos últimos dois jogos. E mais: jogando muito futebol. Ciel sabe. Pena, por motivos diversos, nem sempre dá sequência a momentos brilhantes assim.

Recordando

Década de 1960. Wellington, atacante do Ceará, e o repórter Gilvan Dias. Detalhes: Wellington brilhou também no Ferroviário. Gilvan Dias foi goleiro campeão cearense pelo Gentilândia e pelo Ceará. Como técnico, campeão cearense em 1966 pelo América e vice-campeão da Taça Brasil pelo Fortaleza em 1968. Gilvan foi, durante anos, presidente da Apcdec. Deixou saudade. (Acervo de Elcias Ferreira).